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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Como receber RTP 3 e RTP Memória na TDT

A RTP 3 e a RTP Memória ficaram hoje disponíveis na TDT. A disponibilização na Televisão Digital Terrestre acontece após uma longa luta iniciada em 2009 pelo blogue TDT em Portugal que, através de uma petição pública, participação em consultas públicas, contacto com governantes e políticos da oposição, movimento para abordagem do assunto no programa "A Voz do Cidadão" e insistentes criticas e denúncias neste blogue, procurou sensibilizar a classe política, a administração da RTP e a sociedade civil para o erro e a injustiça de não se alargar o acesso da RTP 3 e da RTP Memória a todos os cidadãos. A partir de hoje, colhemos todos o resultado dessa luta!

Há + RTP na TDT


Como receber a RTP 3 e a RTP Memória na TDT
Como já havia informado (e ao contrário do que a RTP informa nos spots de promoção transmitidos nos novos canais), para receber a RTP 3 e a RTP Memória poderá ser necessário efectuar uma pesquisa de canais nos televisores ou receptores de TDT. Essa pesquisa deverá ser preferencialmente manual no canal (frequência) que se recebe melhor no local de residência. A opção está acessível no menu de instalação, contudo o procedimento exacto varia de equipamento para equipamento. A título de exemplo, exibe-se uma pesquisa no canal 46 realizada num receptor. Em caso de dificuldade deverá consultar o manual de instruções do equipamento ou um técnico.

Pesquisa novos canais TDT RTP 3 e RTP Memória

Como receber a RTP 3 e a RTP Memória via satélite (TDT Complementar)
A RTP 3 e a RTP Memória está também disponível via satélite na designada "TDT Complementar". Os canais são disponibilizados de forma automática pelo que não será necessário efectuar qualquer pesquisa.

Como receber a RTP 3 na Europa, África, Américas e Ásia
A RTP informou que a RTP 3 ficaria disponível em sinal aberto, primeiro nos Estados Unidos e depois na Europa e, após analise do eventual interesse, noutros mercados. Na Europa a RTP 3 está já disponível através satélite Hispasat (satélite utilizado pela ZON e MEO), com os parâmetros de sintonia: 10730H, 27500, 3/4, dvb-s2 8psk. A cobertura do satélite permite a recepção em toda a Europa, norte de África, Madeira, Canárias e Açores. No entanto, à hora em que escrevo este post a emissão ainda está codificada. Nota: este poderá não ser o satélite definitivo para distribuir a RTP 3 na Europa. Faria todo o sentido utilizar o mesmo satélite (posição orbital) actualmente utilizado para difundir a RTP Internacional ou seja, o Hotbird.

Ao contrário do anunciado, tudo indica que a RTP 3 ainda não está disponível para as Américas, pelo menos através do satélite Intelsat 34 (55,5 W). Relativamente aos Estados Unidos, a RTP informou que também iria distribuir a RTP Açores e a RTP Madeira. 

Para África, também ainda não há sinal da RTP 3 através do satélite Intelsat 907 (27,5 W).

Uma luta longa
Enquanto cidadão e autor do blogue TDT em Portugal, remei contra a maré e "desmontei" os argumentos apresentados por aqueles que se opuseram ao acesso de todos os cidadãos a todos os canais do serviço público em sinal aberto. Através do blogue TDT em Portugal procurei fazer o que os meios de comunicação social tradicionais infelizmente não souberam ou não quiseram fazer: disponibilizar informação correcta e completa sobre a TDT, expor os jogos e interesses ocultos e as insuficiências e falhas da regulação. Essa comunicação social falhou também nos seus deveres ao não noticiar o movimento público de apelo à disponibilização da RTP Memória e da RTP Notícias (actual RTP 3 e ex. RTP Informação).  

A RTP reconheceu finalmente que é sua obrigação levar todos os conteúdos da RTP a todas as pessoas (como o blogue TDT em Portugal sempre argumentou). Recordo que ainda não há muito tempo atrás, a RTP era de opinião desfavorável à disponibilização da RTP Informação e da RTP Memória na TDT. Justiça seja feita, finalmente temos um Governo que cumpriu com o prometido.

Tal como o blogue TDT em Portugal há muito havia contestado, provou-se que eram falsos os argumentos segundo os quais a disponibilização dos novos canais na TDT implicariam a duplicação dos custos e a perda das receitas geradas pela presença nos operadores de TV por subscrição. O blogue TDT em Portugal havia afirmado e, ao contrário do que alguns políticos (e pelo menos um responsável da RTP) pretenderam fazer crer, o presidente do C.A. da RTP confirma que não haverá duplicação dos custos de emissão do sinal, não haverá a perda da receita dos operadores de TV por subscrição e todos os canais da RTP continuarão disponíveis em todos os operadores. Era o que se esperava de uma equipa de gestão minimamente competente.

Talvez num último gesto de hipocrisia, aqueles que se opuseram, conspiraram e ameaçaram utilizar os tribunais para manter os seus privilégios e condenar Portugal a ter a TDT mais pobre da Europa, reivindicam agora também para si a redução do preço que a distribuição de um maior número de canais públicos no multiplex agora permite. Veremos como se "comportam" daqui em diante, nomeadamente no concurso para os dois novos canais privados a lançar no próximo ano.

Já temos mais RTP na TDT! Venham outros...

Alguns posts e docs relacionados:

quarta-feira, 21 de março de 2012

16:9 vs. 4:3 - Canais resistem à mudança

A mudança para a Televisão Digital Terrestre era suposto introduzir um conjunto de melhorias na televisão portuguesa: mais canais, melhor qualidade de imagem e som, alta definição e guia de programação electrónica. Mas, aproxima-se a data do “apagão” final das emissões analógicas e quase tudo ficou por cumprir. Em 2009 defendi que a emissão dos canais em formato panorâmico 16:9 seria um incentivo maior à migração voluntária para a TDT do que o canal de Alta Definição (Canal HD). O Canal HD, como todos sabem, nunca funcionou como previsto e está sem emitir desde o arranque da TDT em 2009. É também certo que as emissões já não irão ser retomadas, pois o seu funcionamento está previsto durar apenas durante a fase de transição (simulcast) da TDT, que termina já a 26 de Abril próximo.

Em 1994, Portugal até foi um dos países europeus pioneiros das emissões de televisão em formato panorâmico 16:9, utilizando o padrão PALplus (PAL+). A TVI terá emitido alguma programação, mas abandonou o padrão passado pouco tempo. A partir de 1997, graças a financiamento da União Europeia, a RTP passou também a emitir alguma programação em PAL+, o que ainda acontece esporadicamente. No entanto, o PAL+ é uma extensão do sistema analógico PAL e não é possível desfrutar dos benefícios das emissões PAL+ na TDT. Como tenho escrito, já praticamente todas as principais estações de televisão europeias “migraram” para o 16:9. Acho incompreensível que, em 2012, as televisões portuguesas continuem a emitir no “velho” formato 4:3 quando praticamente toda a programação está disponível no formato 16:9. A emissão em HD, naturalmente, utiliza o formato 16:9, mas parece pouco provável que venha a ser adoptada para a TDT, apesar de já ter sido equacionada a possibilidade. Por dois motivos: falta de espectro (no Mux A) e os altos custos associados. Como já referi em posts anteriores, a emissão em Alta Definição necessita de muito mais espectro, espectro esse que é pago pelos canais que o utilizam. Ora, RTP, SIC e TVI estão interessadas em baixar os custos com a emissão e não em suportar custos (muito) superiores.   

Com a migração para a TDT muitas famílias substituíram os seus televisores por aparelhos novos com ecrã 16:9 e, naturalmente, é um “desperdício” de área de ecrã e uma desilusão assistir a emissões no antigo formato 4:3 num televisor com ecrã 16:9. Se a emissão utiliza o formato 4:3 (nativo ou adaptado), para respeitar o formato da imagem, há que aceitar as barras laterais negras. A alternativa é seleccionar no televisor (ou no receptor TDT) um modo de adaptação, o que implica o corte de parte superior e inferior da imagem ou a distorção da imagem. Normalmente os aparelhos vêm programados para “esticar” automaticamentea a imagem na horizontal, o que leva alguns a comentar que os televisores modernos “engordam” as pessoas.

Mas não se trata apenas de um “incómodo” visual. Os principais fabricantes de televisores alertam para o facto do visionamento de emissões 4:3 (com as barras negras laterais) em ecrãs 16:9, de forma prolongada, provoca danos nos painéis!

Será que após 26 de Abril, com o fim das emissões analógicas, os canais portugueses irão finalmente adoptar o formato 16:9? Ou será necessário ser assinante de televisão paga, receber a TDT espanhola ou televisão via satélite de outros países para poder desfrutar de emissões em formato panorâmico? Os jogos Olímpicos estão quase a chegar, será que quem só recebe a TDT portuguesa não vai poder assistir às competições e cerimónias em 16:9? Até quando vai a RTP HD continuar a ser exclusivo da televisão por subscrição? Se depender dos lobbies que “de facto” governam Portugal, acredito que será ainda por algum tempo…

Emissão do jogo Sporting - Manchester City em formato panorâmico 16:9 (ITV4)


Emissão do jogo Sporting - Manchester City em formato tradicional 4:3 (SIC)


Os fabricantes avisam: visionar programas em formato 4:3 por períodos prolongados danifica os ecrãs!


28/12/2012:
A RTP2 está desde 27/04/2012 a emitir em formato panorâmico16:9. Mas, o formato original dos programas não está a ser respeitado! Alguma programação em formato 4:3 é simplesmente adaptada pela RTP ao 16:9 "esticando" a imagem, o que já podia ser feito pelos telespectadores se assim quisessem. Aos pouquinhos, parece que a RTP está finalmente a apanhar o comboio do 16:9. Esperemos que a situação evolua favoravelmente.

7/05/2012 - RTP2 em 16:9 a partir de 14 de Maio
Comunicado da RTP:

A RTP2 é o primeiro canal de televisão em sinal aberto a difundir a sua emissão, na íntegra, no formato 16:9 já a partir do próximo dia 14 de maio.

A emissão em 16:9 apresenta uma maior amplitude de imagem, mais informação disponível, uma imagem mais adaptada à visão humana. Com este novo formato pode disfrutar de imagens num ecrã panorâmico, com mais 1/3 da imagem.

É um passo decisivo na difusão de conteúdos utilizando as mais recentes tecnologias.

Notas técnicas:
Dia 14 terão início as emissões da RTP2 em formato 16:9, sendo enviada a respetiva sinalização para os aparelhos recetores. Este novo formato de imagem abrange quase toda a emissão à exceção dos programas originalmente produzidos em 4:3, sendo que o número destes programas será progressivamente cada vez mais residual.

Os telespetadores que tenham televisores com ecrã 16:9 podem procurar nas configurações de ecrã, ou de imagem, dos seus equipamentos o modo automático. Desta forma o televisor adaptar-se-á sempre à imagem que estiver a ser transmitida.

Posts relacionados:
TDT HD em Portugal: realidade ou ilusão?
Televisões criticam TDT portuguesa (act.)
TDT - Alta (in)definição...
Comparativo TDT portuguesa / TDT espanhola

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Televisores: menos de 5% estão preparados para a TDT

A crer em dados da empresa de estudos de mercado GFK, entre os meses de Janeiro e Novembro de 2009, foram vendidos em Portugal 247.000 televisores com sintonizador TDT e suporte da norma MPEG-4. Ou seja, aptos a receber a TDT portuguesa sem necessidade de receptor ou adaptador externo.

Se tivermos em conta que em Portugal existem aproximadamente 3.7 milhões de famílias, que possuem, pelo menos, um receptor de televisão, rapidamente chegamos à conclusão que a percentagem de televisores preparados para receber a televisão digital terrestre portuguesa é inferior a 5%, tanto mais que, em anos anteriores, a disponibilidade no mercado português de televisores com TDT MPEG-4 foi muito reduzida. Se tivermos em conta os aparelhos presentes fora do lar, como espaços comerciais, consultórios, etc, esta percentagem será ainda mais reduzida.

Estes números, revelam que apenas a aproximadamente dois anos e meio da data prevista para o desligamento do sinal analógico, o nível de adaptação para a TDT é ainda muito baixo e reforçam a importância da necessidade de disponibilizar no mercado adaptadores TDT MPEG-4 a preço acessível. A maioria dos portugueses, recorde-se, apenas recebe o serviço "básico" de televisão,via antena terrestre.

A nível global estima-se que em 2009 tenham sido vendidos 205 milhões de televisores, sendo 69% do tipo LCD.

Noticias relacionadas:
TDT - O que correu mal?
Esclarecimento da Anacom sobre a TDT

sábado, 1 de agosto de 2009

TDT: problemas de recepção

Com a chegada do período de férias, certamente muitos leitores irão aproveitar algum do seu tempo livre para tentar receber a Televisão Digital Terrestre. Vários pontos do país têm como data prevista de cobertura TDT o final do mês de Agosto. Nas últimas semanas têm entrado em funcionamento novos emissores de TDT abrangendo zonas não incluídas no arranque da TDT a 29 de Abril. A lista actualizada dos emissores, mapa de cobertura e frequências de TDT está aqui.

Alguns leitores queixam-se de que, apesar de estarem dentro da zona de cobertura do sinal indicada pela PT, não captam sinal algum ou captam muito mal o sinal de TDT.

O insucesso pode ter várias causas:

A área de cobertura é uma previsão

A área de cobertura é uma simulação realizada tendo em conta vários parâmetros. Nem sempre as previsões coincidem com a realidade. A PT não informa, mas as previsões de cobertura muito provavelmente assumem que na recepção se utiliza antena exterior com um ganho adequado e instalada a uma altura também adequada! Mais, as previsões de cobertura não têm em conta edifícios altos ou árvores que podem obstruir o sinal! A recepção fiável da TDT com antena interior, só será possível na proximidade dos emissores ou em casos excepcionais.

Sistemas de antena colectiva

Muitos dos leitores que informam não conseguir receber a TDT reside em edifícios que utilizam sistemas de recepção colectiva ainda não adaptados para a TDT. Nesse caso para receber o sinal através do sistema colectivo deverão solicitar uma verificação do sistema de recepção colectivo.

Não co-localização de emissores

Muitos emissores de TDT estão a ser colocados junto a antenas da TMN e não junto aos “antigos” emissores analógicos. Esta situação não é novidade, tendo sido abordada anteriormente aqui no Blog. Deve-se ao facto de a nossa TDT utilizar o tipo de rede SFN (rede de frequência única). Se o emissor de TDT não ficar em linha com o actual emissor analógico, poderá ser necessário reorientar a antena (poderá piorar ou perder o sinal analógico) ou instalar uma segunda antena.

Antenas incompatíveis

As antenas utilizadas deverão ser compatíveis com a TDT. Isto não significa necessariamente que a antena terá de ser trocada por uma nova. Muitas das antenas em uso há vários anos servem perfeitamente, desde que estejam em boas condições. Contudo deverão ser de banda larga, isto é, capazes de receber bem todas as frequências UHF, do canal 21 ao canal 69*. É aconselhável que tenham um ganho não inferior a 14dBi. A imagem seguinte ilustra os tipos de antena que com mais frequência se encontram à venda. As antenas 1 e 2 são exteriores. As antenas 4 e 5 são antenas interiores. A antena 3 é uma antena especial para caravanas, mas que também pode ser utilizada no exterior de edifícios, em zonas de boa cobertura. A antena 1 é uma antena VHF e não é compatível com as actuais emissões de TDT.


Antenas Log-Periódicas ou "rabo-de-bacalhau"

Estas antenas normalmente apresentam um poder de captação de sinal relativamente baixo e baixa directividade devendo a sua utilização ser evitada em zonas onde o nível de sinal recebido é baixo ou é afectado por reflexões.  

Qualidade da instalação

Para além da antena, é também muito importante que o cabo coaxial e todos os conectores (fichas) sejam de boa qualidade.


* Na prática a antena deverá ter um ganho adequado na frequência utilizada pelo emissor TDT, que no Continente é actualmente o canal 56 de UHF. Referem-se as antenas de banda larga porque estas, em principio, asseguram um ganho satisfatório em todos os canais UHF, o que salvaguarda eventuais alterações na televisão digital terrestre, como a alteração da frequência (como já ocorreu) ou a utilização futura de novas frequências. Se a antena em utilização tem um ganho adequado na(s) frequência(s) TDT e está em boas condições, não há necessidade de trocar, como é evidente.

Importa também lembrar que, como a PT não divulgou a lista de todos os locais onde serão colocados emissores de TDT e sua respectiva área de cobertura e, como em muitas localidades será possível receber sinal de dois ou mais emissores, não é ainda possível determinar qual será o emissor mais indicado para essas zonas e qual a orientação definitiva a dar à antena.


Televisores e receptores

Para desfrutar das emissões da TDT portuguesa é necessário que o televisor ou receptor TDT suporte as normas de compressão MPEG-4 (video) e AAC (áudio). Nos receptores tipo placa sintonizadora ou Pen USB (para computador) o processamento do sinal é realizado pelo computador. Para receber as emissões basta que os codecs H.264 e AAC estejam instalados e à entrada de antena chegue sinal suficientemente forte. Na eventualidade do televisor ou receptor de TDT não ser compatível com a TDT portuguesa será possível sintonizar a emissão, mas não será possível ver/ouvir os programas.


Problemas de recepção da TDT portuguesa em zonas vizinhas de Espanha:

Em instalações em que a antena de recepção fica orientada para Espanha ou se faz a mistura de sinal de duas antenas (sem filtragem) é possível que, em determinadas condições, emissões provenientes de Espanha no canal 56 afectem a recepção da TDT portuguesa.

A solução para este tipo de problema depende das particularidades de cada caso.


Parte 2: Como melhorar o sinal da TDT

Notícias relacionadas:

terça-feira, 12 de maio de 2009

PTelecom “descuida” TDT paga nos testes de verificação de compatibilidade

No próprio dia em que a PTelecom divulgou a informação sobre o processo de verificação de compatibilidade de televisores e set-top box’s (receptores ou adaptadores), deixei aqui o alerta. Não há qualquer referência à necessidade da presença da CI (Common Interface) nos aparelhos para os mesmos obterem a certificação de compatibilidade.

O facto de não ser exigida a presença da CI nos televisores e receptores TDT para os mesmos obterem a certificação de compatibilidade com a TDT portuguesa terá como consequência inevitável que alguns dos equipamentos certificados não permitam a recepção da TDT paga, com lançamento aguardado para dentro de alguns meses. A recepção da TDT gratuita não será afectada.

Isto porque é a CI que permite dotar os aparelhos com o módulo de descodificação apropriado para ver os canais da futura tdt paga (alguns receptores já vêm preparados de raiz para um determinado sistema de codificação). Recorde-se que também não é ainda do conhecimento público qual o sistema de codificação a utilizar pelo serviço.

Nos televisores, como na altura expliquei, o problema não deverá ser grave, pois quase todos já vêm equipados com a CI. Mas, nos receptores que a não possuam, isso vai impossibilitar a sua utilização (legal) com a tdt paga. Há modelos de receptores TDT à venda em Portugal que não possuem a CI e não permitirão a sua utilização com a TDT paga!

Na minha opinião o logotipo de compatibilidade deveria fazer essa distinção ou alertar para esse facto. De contrário, os consumidores podem ser induzidos em erro porque, devido à presença do logotipo, julgam que estão a comprar algo 100% compatível, o que pode não ser o caso.

Quando o Meo DT for lançado, certamente que finalmente irão aparecer receptores a preços mais “atractivos”, ou sob a forma de aluguer, mas certamente também com a contrapartida de um contrato de fidelização de um ou dois anos, com aliás já acontece com o serviço satélite.

Do ponto de vista comercial, a PTelecom parece não ter interesse em garantir a compatibilidade de equipamentos fornecidos por outras empresas com a TDT paga, “talvez” porque ela própria será fornecedora desses equipamentos.

A própria adopção do MPEG-4 para além da tão apregoada economia de espectro radioeléctrico, dadas as condições (previsíveis) do mercado, permitirá colocar a PTelecom numa situação de quase monopólio como fornecedor dos receptores TDT, pelo menos a curto/médio prazo.

Parece-me pois, que estamos na presença de um caso nítido de conflito de interesses em que o consumidor menos informado, mais uma vez, poderá vir a ser prejudicado.

Actualização 13/05/2009:
Desde o inicio deste Blog tenho citado a Irlanda como um bom exemplo a seguir no que ao processo de introdução da TDT diz respeito. Na Irlanda o arranque oficial da TDT está previsto para este Outono. Desde Fevereiro de 2008 que estão divulgados os requisitos técnicos dos televisores e receptores TDT. No documento seguinte são claramente distinguidos os requisitos mínimos, os recomendados e os opcionais.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Símbolo de compatibilidade com TDT portuguesa

A PT, através do fórum TDT, tornou hoje públicos os requisitos mínimos que televisores e set-top box's (receptores ou adaptadores) devem ter para assegurar a sua compatibilidade com a TDT portuguesa. Os fabricantes dos modelos aprovados nos testes de verificação, a realizar a pedido dos mesmos, poderão então exibir o seguinte símbolo de compatibilidade:
Recorde-se que a TDT portuguesa irá utilizar a norma de compressão MPEG-4/H.264 que ainda não é suportada pela grande maioria dos televisores e receptores de TDT à venda.

Pode fazer o download directo dos documentos aqui:


Nota:
Após a leitura dos documentos relativos aos procedimentos de teste dos televisores apercebi-me de que não há qualquer menção à CI (Common Interface), tanto para os televisores como para as set-top box. Ora, se o televisor não tiver CI, é incompatível com a TDT paga! Porque, para visualizar os canais de TDT pagos será necessário um módulo de acesso condicional (CAM), que é inserido na CI, e um cartão de acesso! Se é verdade que a maioria dos televisores recentes vem equipada com a Common Interface, muitos televisores de pequeno ecran (<=20 polegadas) não estão equipados. Idem para as set-top box, sem CI não será possível utilizar esse equipamento para vêr a tdt paga quando ela ficar disponível.

Links:

domingo, 5 de abril de 2009

TDT: a SIC enganou-se…

A SIC transmitiu hoje, no Jornal da Noite uma reportagem sobre o início das transmissões de TDT portuguesa que, como é sabido, irão ter lugar no próximo dia 29 em alguns locais do país (continente e ilhas).

Desde sempre reclamei sobre a falta de informação sobre a TDT, especialmente da parte das televisões. Assim, quando ouvi o anúncio da reportagem, fiquei naturalmente satisfeito e atento. Mas a satisfação durou pouco tempo! O jornalista dá algumas explicações sobre TDT em linguagem descomplicada, e até aqui tudo muito bem. A dada altura fala nos receptores (chamou-lhes descodificadores), e espalha-se…

É que, de acordo com a peça que a SIC emitiu, os receptores para receber (a nossa) TDT custam (no estrangeiro, segundo o jornalista) entre 35 € e 150 €, o que não corresponde à verdade! E isto apesar de utilizar na sua demonstração um receptor (um dos que foi também utilizado na demonstração da PT em 12/01), que custa 400 €!

Como muitos leitores bem sabem, e como o jornalista também informou, os televisores e receptores para receberem a TDT portuguesa devem ser compatíveis com a norma MPEG-4. Os receptores DVB-T que suportam o MPEG-4 são escassos e caros, basta fazer algumas pesquisas. Os preços que o jornalista referia dizem respeito aos receptores que suportam “apenas” a norma MPEG-2, incapazes de receber a TDT portuguesa!

Na sua peça, a SIC consultou a PT, mas, aparentemente, ou não colocaram a questão, ou não houve coragem de divulgar a resposta (ou ausência dela). Estou a referir-me ao já célebre receptor MPEG-4 HD a 50 €, anunciado pelo presidente da PTelecom, mas que ainda ninguém viu à venda ou sabe quando estará disponível!

Apesar de contactada à vários meses por mim (e por outros) sobre a necessidade de alertar os telespectadores para a importância da particularidade da norma adoptada pela PTelecom para a TDT portuguesa, a SIC (tal como RTP e TVI) decidiu ficar à margem deste (polémico) assunto. É ironia do destino que agora tenha “escorregado” nessa mesma questão!

O video da notícia pode ser acedido aqui .

Nota: Já existem à venda em portugal receptores TDT MPEG-4 compatíveis com a TDT portuguesa.

quarta-feira, 4 de março de 2009

TDT Espanhola ganha terreno em Portugal

Enquanto a TDT portuguesa não inicia as suas emissões (anunciadas para 29 de Abril), a TDT dos nossos vizinhos espanhóis tem cada vez mais adeptos entre os portugueses que residem perto da fronteira.

A recepção da TDT espanhola em Portugal não é novidade, no entanto, à medida que se aproxima o “apagão” ou “desligamento” analógico total em Espanha (em 2010), a cobertura tem vindo a melhorar progressivamente, aumentando o seu alcance, permitindo chegar a várias localidades e cidades portuguesas (Évora, Guarda, Chaves, Bragança, etc…) próximas de Espanha. A distância máxima varia de local para local.

O interesse pela TDT espanhola é compreensível, dada a quantidade e qualidade da oferta de canais gratuitos. São mais de 20 canais de televisão de âmbito nacional e regional e também algumas rádios. Na oferta estão canais como: Teledeporte, Disney Channel e SET (Sony TV).

Para receber a TDT espanhola, a parte mais complicada (e dispendiosa) é conseguir um sinal suficientemente forte (para quem está mais afastado dos emissores), que permita a sua correcta recepção. As emissões da TDT gratuita espanhola utilizam a norma de compressão MPEG-2, para a qual existe uma grande oferta de equipamentos (televisores e receptores), a preços muito acessíveis. Estes equipamentos, no entanto, não permitirão receber a TDT Portuguesa, que utilizará a norma MPEG-4/H.264. O contrário já será possível, ou seja, os equipamentos MPEG-4 são compatíveis com a norma MPEG-2. Um equipamento apto a receber a TDT portuguesa poderá também receber a TDT espanhola.

Talvez consciente do “avanço” da TDT espanhola em território português, a PTelecom já instalou há algumas semanas, um pequeno emissor de TDT na cidade da Guarda, que emite em regime experimental (como todos os outros). O alcance, segundo alguns relatos, é de 30-40Km.

Entretanto, em cidades com maior densidade populacional como Porto, Coimbra e Aveiro, ainda não há qualquer sinal de emissão. Estranho, pois estas cidades estão incluídas na fase 1 do plano de implantação da TDT, enquanto a Guarda seria contemplada apenas na fase 5.

A menos de 60 dias da data do arranque da TDT, aguardamos a divulgação das 8, 10 ou 12 regiões ou localidades onde será possível receber as primeiras emissões “piloto” de TDT em Portugal.

Obs.: A imagem utilizada neste post é um exagero e não retrata nem pretende retratar a realidade!

Links:

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Televisao analógica acaba em Abril de 2012

O Governo determinou hoje que o encerramento das emissões analógicas de televisão irá ocorrer até 26 de Abril de 2012. A partir dessa data as transmissões serão apenas em formato digital. Ou seja, o mais tardar (se não ocorrerem adiamentos), a partir de 26 de Abril de 2012, o único sinal de televisão recebido através de antena terrestre será o da televisão digital terrestre (TDT).

Cai por terra a expectativa e proposta da PTelecom de terminar as emissões analógicas já em 2011, ou seja, um ano antes da data limite imposta pela Comunidade Europeia.

Durante um período não inferior a 12 meses, as difusões serão efectuadas de modo simultâneo em sinal analógico e digital.

O Governo adianta ainda que irá desenvolver um conjunto de acções e medidas para “estimular uma migração voluntária e maciça” que tenha o menor impacto possível nos consumidores.

Para receber as emissões digitais (TDT), os consumidores terão de possuir um televisor compatível com a TDT portuguesa, ou seja, apto a receber emissões DVB-T em MPEG-4/H.264, ou, adquirir um receptor ou adaptador de TDT também apto para DVB-T MPEG-4/H.264. O receptor ou adaptador mais acessível, é à data, o anunciado pela PT em 12 de Janeiro último (que ainda não está à venda), e tem um custo máximo de 50 Euros.

Links:
TDT Portuguesa arranca a 29 de Abril

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

TDT poderá sair mais cara do que o previsto

Tal como alertei na mensagem de 16/01 (TDT: cobertura do litoral), acabo de receber a confirmação de que de facto alguns de nós teremos que reorientar a antena de UHF ou instalar uma antena adicional para receber a TDT portuguesa.

Resposta recebida do Fórum TDT a questões por mim colocadas:

«Caro(a) Sr(a).: Obrigado pelo seu contacto.

Em relação à questão que nos colocou, informamos que, efectivamente, todas as pesquisas por código postal estão a apontar para Janeiro de 2010 ou Dezembro de 2010, conforme se trate de uma zona incluída na 1ª ou na 2ª fase de implementação. Esperamos, no futuro, enriquecer esta informação.

Quanto às ilustrações de antenas compatíveis com a TDT, verificámos que existia, de facto, uma incoerência, pelo que agradecemos o alerta. A ilustração já foi alterada, uma vez que remetia para uma antena VHF que não permite a recepção do sinal digital terrestre.

A questão da reorientação das antenas já foi posta, também, por outras pessoas e, sendo uma questão importante para o esclarecimento dos portugueses, foi já incluída nas Perguntas Frequentes do site tdt.telecom.pt.»

Fórum TDT - Perguntas Frequentes:

«A reorientação da sua antena estará dependente da localização dos emissores de TDT.
Caso o emissor da TDT da sua área seja, no futuro, o mesmo que é usado actualmente no sistema analógico, em princípio não será necessário fazer ajustes. Caso contrário será necessário reorientar a sua antena.»

Este facto, vai criar alguns transtornos, e pode originar gastos acrescidos a quem tem dois ou mais televisores ligados à antena, seja em moradias ou apartamentos com sistema de recepção colectiva. Esta questão foi já abordada com mais detalhe nas mensagens de 16/01 e 9/02.

Sendo Portugal um dos últimos países da europa a adoptar a TDT e propondo-se fazer o "desligamento" analógico já em janeiro 2011, torna-se ainda mais importante não perder tempo e esclarecer todas estas (e outras) questões, o mais rápido possível, para que a transição para a TDT decorra sem sobressaltos.

Actualização 2/03/2009:
Por determinação do Governo, o "desligamento" ou "apagão" analógico já não poderá ter lugar em Janeiro de 2011. Consultar o post de 26/02/2009.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TDT: cobertura do litoral (act.)

(última actualização: 30/04/2009)

Em emissão experimental/piloto desde Outubro de 2008, para a zona de Lisboa, a emissão da TDT deverá em breve expandir-se ao resto do litoral. De acordo com a PTelecom, um número de 8 a 10 localidades deverão participar no arranque da TDT (a gratuita) a 29 de Abril próximo.

A oferta de TDT paga designada MEO DT, tem arranque previsto para Outubro, apesar da batalha legal em que está envolvida.

O número exacto, potência e localização dos emissores/retransmissores que vão participar nas emissões “piloto” ainda não é oficialmente conhecido. No entanto, conforme foi já aqui divulgado, numa primeira fase, far-se-á a cobertura de Lisboa e no final de Janeiro, inicio de Fevereiro a cobertura será gradualmente estendida ao resto do litoral.

Relativamente à cobertura de Lisboa, actualmente estão activos os emissores de Palmela e Monsanto e os retransmissores de Costa de Caparica e Sintra. O emissor de Monsanto, segundo informação, é ainda temporário e emite com uma potência muito reduzida (recebe-se até à zona de Picoas), talvez por esse motivo, muitos não conseguem recebe-lo.

Após a cobertura de Lisboa, na melhor das hipóteses, o sinal deverá chegar ao Porto no final de Janeiro. O emissor da Lousã, que em analógico serve grande parte da região centro e que muitos recebem até para lá de Estarreja (o emissor do Monte da Virgem está a uma cota muito baixa), ao que tudo indica (consulta dos mapas) não deverá emitir a TDT antes da implementação da fase 3 de cobertura.

A consulta das várias fases de cobertura, estão disponíveis no recentemente criado Fórum da TDT. No entanto várias perguntas ficam por responder:

A fase 1 de cobertura corresponde à data de arranque de 29 de Abril?

O arranque terá lugar em 8 a 10 localidades, regiões ou emissores?

Algumas fontes referem regiões, no entanto a Portugal Telecom fala em localidades. Um só emissor pode abranger várias localidades ou regiões, depende da sua localização, potência e diagrama de irradiação das antenas.

Será necessário reorientar as antenas para receber a TDT?

Os emissores e retransmissores de TDT activados até agora estão situados em locais onde também se emite a televisão analógica, pelo que as populações servidas por esses emissores e retransmissores não terão que alterar a orientação das antenas. Mas analisando o mapa de cobertura da fase 1 podemos verificar (salvo erro do mapa) que não haverá emissão a partir da Lousã. No entanto a zona do litoral aparece como coberta pelo sinal da TDT. Actualmente grande parte do litoral é coberto pelo emissor da Lousã (Fig. Foz, Coimbra, Aveiro, etc). Se a Lousã não emitir TDT, como será possível recebe-la sem alterar a orientação da antena? Não faria sentido, porque a adaptação dos televisores será gradual, ninguém vai comprar 3 ou 4 receptores (ou adaptadores) de uma assentada, a recepção analógica e digital irá coexistir até ao chamado “desligamento” analógico em 2011 ou 2012. Será que em algumas zonas será necessário alterar a orientação da antena de UHF ou adicionar uma segunda antena? A seguir com atenção...

Dito isto, a PTelecom já comentou que estaria a seleccionar as antenas da TMN que iria utilizar na TDT. Será que planeiam utiliza-las para além das micro-coberturas? A rede de difusão da nossa TDT é uma rede SFN (um mux utiliza a mesma frequência em todo o território). Este tipo de rede requer um planeamento muito cuidado e é de implantação mais complexa, pelo que a “geografia” da rede de emissores e retransmissores de TDT em algumas zonas do país poderá ser diferente da rede de sinal analógico.

Ainda, segundo informação não confirmada, algumas infra-estruturas da RETI serão utilizadas na emissão da TDT. Também não confirmada é a chegada do sinal de TDT à zona de Torres Novas e Tomar.

Recorde-se que até ao final de 2009 a PTelecom está obrigada a cobrir 78% da população, o que corresponde aproximadamente à área coberta pela fase 4 da implantação da TDT. A PTelecom afirmou ter como objectivo a cobertura de 80% da população até ao final de 2009.

A emissão dos canais de acesso livre (RTP1, RTP2, SIC e TVI), é feita no canal 67 de UHF em DVB-T, MPEG-4/H.264.

Para receber as emissões da TDT, para além do televisor ou adaptador compatível (MPEG-4/H.264), deverá bastar o uso de antenas UHF de banda larga (C21-69) devidamente orientadas. Em zonas de sinal forte poderá bastar uma antena interior (mas a antena exterior é sempre preferível). Deverá também ter presente que as emissões ainda estão em período de teste, pelo que podem sofrer interrupções, alteração de parâmetros e o nível do sinal pode variar.

Actualização 28/01/2009:
No seguimento do post inicial, parece cada vez mais provável que:
  • Muitos de nós iremos mesmo receber o sinal da TDT a partir das torres da TMN.
  • A Lousã (Trevim), ao que tudo indica não vai emitir TDT.
  • A emissão da TDT a partir do Porto (V.N. Gaia) vai ter um alcance de apenas 25Km (aprox.) e a potência não deverá ultrapassar os 1000W (é possível que seja inferior).
A PTelecom parece assim ter "optado" por utilizar um número maior de emissores do tipo celular (baixa potência) e um número muito reduzido de emissores de tipo broadcast (média e alta potência). Lembro que estas considerações, são baseadas em dados escassos e carecem de confirmação. Só quando arrancarem as emissões ou a PTelecom divulgar quais os locais de emissão haverá algumas certezas.

Actualização 19/03/2009:
Segundo Luís Avelar, um responsável da PT, a mesma prevê iniciar as emissões a 29 de Abril em 8 a 10 cidades. Em declarações anteriores, recorde-se, outros responsáveis da PT, falaram em localidades e regiões.

Actualização 31/03/2009:
Uma vez que a PT tarda em divulgar a lista de localidades, regiões ou cidades (o termo varia consoante o local, a data e o responsável...), decidi arriscar "extrair" mais alguma informação com os escassos dados conhecidos. O objectivo é tentar encontrar locais alternativos para os emissores de TDT, que permitam a cobertura do litoral entre Montejunto e o Porto. Isto porque, como já disse em 28/01, é possível que o Trevim (Serra da Lousã) não vá emitir TDT antes da fase 3.

O ponto de partida foram os mapas de cobertura disponibilizados pela PT no fórum TDT. Estes mapas são de dimensões muito reduzidas e podem conter várias imprecisões. Uma ajuda preciosa seria um mapa com a localização exacta das antenas da TMN, mas infelizmente não disponho dessa informação.

Dados a ter em consideração no "estudo":
  • A análise dos mapas (zonas cobertas).
  • As características da rede SFN (nomedamente a distância max. entre emissores).
  • O relevo do terreno (que influencia o alcance dos emissores).
  • A localização da actual rede de emissores/retransmissores analógicos.
Conclusão/Previsão:
A melhor alternativa de localização para a cobertura da região entre Leiria Norte e Aveiro Sul situa-se junto à Serra da Boa Viajem (Figueira da Foz) a uma cota aproximada de 170-200m. Esta localização permite adequada "visibilidade" para Norte, Sul e Este, com desperdício minímo de sinal.

A melhor alterativa de localização para a cobertura da região entre Leiria Sul e Peniche situa-se junto ao lugar da Senhora do Monte (Leiria) a uma cota de 380m (local onde já existem infraestruturas de telecomunicações).

Para a cobertura da região entre Aveiro Norte e o Porto:
  • Em Vila Nova de Gaia (Monte da Virgem) na torre da PTComunicações ou na torre da TVI e próximo da localidade do Préstimo a uma cota de 350m (local onde já funcionam retransmissores de Tv) e em Vale de Cambra a uma cota de 450m (local onde já funcionam retransmissores de Tv), ou:

  • Em Vila Nova de Gaia (Monte da Virgem), em Vale de Cambra e a norte de Oiã (a uma cota de 60m).
Como disse, trata-se apenas de um exercício, baseado em informação muito escassa. Os "reais" locais de emissão poderão ser outros. Só após a PT ou Anacom divulgar essa informação haverá certezas.

Solicito e agradeço que os interessados testem a recepção nas suas localidades próximo da data do arranque e partilhem as suas experiências (informar localidade, tipo e direcção de orientação de antena e força do sinal).

Actualização 7/04/2009:
Segundo o coordenador do projecto TDT da PTelecom, as emissões piloto que se iniciam a 29/04 irão cobrir aproximadamente 20% da população (o que provavelmente deverá corresponder apenas a Lisboa e cidades vizinhas, Ponta Delgada, Funchal e Guarda). Relativamente ao receptor, o mesmo responsável afirmou não acreditar que esse preço seja praticável na data de lançamento da TDT!

Actualização 9/04/2009:
Criado novo mapa com a cobertura prevista para a TDT em 31/12/2009, baseado em informação disponibilizada pela PTelecom.

Nota: Devido à copia não autorizada de imagens do blog tdt-portugal por outros sites/blogs oportunistas, que apagam a informação da origem e as fazem passar como de sua autoria, sou forçado a reforçar a identificação das mesmas.

TDT-Portugal - Mapa Previsão de Cobertura - Dezembro 2009

Actualização 30/04/2009:
Como é agora possivel constatar (já são conhecidos alguns dos emissores), os mapas de cobertura da TDT (fases de cobertura) não estão a ser respeitados. Há uma área significativa do mapa da fase 1 que não tem cobertura, enquanto zonas do interior que não figuram na fase 1 já têm cobertura. A informação divulgada pela PTelecom não estava correcta.
Actualização 3/06/2009:
Mapa da cobertura prevista a 31/12/2009 já contempla a cobertura dos pilotos (29/04/2009).

Links:

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Televisores compatíveis com a TDT portuguesa

Depois da Anacom ter finalmente divulgado em 27-11 passado as características técnicas necessárias dos aparelhos (televisores e receptores) para receber a TDT portuguesa, os fabricantes começam também agora a informar os consumidores. É o caso da Sony, o fabricante líder em televisores, que também já disponibiliza no seu site alguma informação sobre a TDT portuguesa e os (seus) modelos de televisores já compatíveis.

Isto demostra bem a necessidade e urgência da oficialização e divulgação das normas técnicas a utilizar na TDT, insistentemente pedida, aqui neste Blog. Se a Anacom (ou outra entidade oficial) tivesse divulgado à mais tempo essa informação (do seu conhecimento desde Fevereiro), mais fabricantes estariam já em condições de oferecer mais modelos de televisores compatíveis com a nossa TDT. Mas, possivelmente, este "atraso" foi conveniente para alguém.

Segundo o fabricante os aparelhos identificados com os logótipos HD TV e HD TV 1080p contém sintonizador MPEG-4 AVC e são portanto compatíveis com a TDT portuguesa.

Todas as iniciativas que permitam o esclarecimento dos consumidores, como é o caso, são de aplaudir. No entanto muito há ainda por fazer para esclarecer o público. Deveria já estar em marcha uma campanha televisiva sobre a TDT. E apesar de se aproximar a data do lançamento oficial (Abril/2009) ainda não é sequer conhecido o logotipo oficial que permitirá identificar facilmente os equipamentos compatíveis.


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

TDT Portuguesa em MPEG-4: Prós e Contras

Com o esclarecimento publicado pela Anacom, em 27/11, foi confirmado publicamente o sistema de compressão do sinal a utilizar pela futura TDT portuguesa. Trata-se do MPEG-4/H.264.

Em termos simples, a compressão MPEG-4, sendo mais eficiente (comprime mais o sinal), permite difundir mais canais no mesmo espectro (espaço) radioeléctrico (Mux) em comparação com o MPEG-2. Ou seja, utilizando o MPEG-4 é possível difundir mais programas com a mesma qualidade num Mux comparativamente ao MPEG-2. O espectro radioeléctrico (frequências) é um bem escasso e a sua utilização é paga. Ao utilizar o MPEG-4 o negócio da TDT fica economicamente mais atractivo para o operador da rede (PTelecom), porque pode transmitir mais canais, criando uma oferta comercialmente mais atractiva e porque o custo da emissão dos seus próprios canais (versão do MEO) é mais baixo. O principal interessado na adopção do MPEG-4 é portanto o operador da rede e os operadores de televisão que a vão utilizar.

Se fosse permitida a difusão dos canais livres em MPEG-2 (sendo os canais a pagar emitidos em MPEG-4), grande parte do público comprava equipamento apenas compatível com o MPEG-2 (vulgarizado e relativamente barato), o que se tornaria num obstáculo a uma possível futura adesão aos canais a pagar, devido à necessidade de comprar novo equipamento. Assim para ver a TDT o público é obrigado a comprar um equipamento mais caro, já compatível com os canais a pagar (em MPEG-4). Mais uma vez os interesses do operador são colocados à frente dos interesses dos espectadores.

Porque os equipamentos MPEG-4 ainda são muito caros, os operadores das redes de TDT estão em posição privilegiada de os poderem comprar a preço mais acessível, principalmente porque compram em grandes quantidades. Este facto torna-se num importante incentivo à adesão do público aos canais a pagar, porque se o preço do equipamento é alto, havendo um contrato de fidelização, o operador poderá vender o receptor a um preço mais baixo ou aluga-lo. Isto já sucede com o serviço MEO. O receptor MEO (sem gravador), suporta o MPEG-4/H.264 e custa 79€. Este valor está bem abaixo do preço de mercado (livre de operador). No entanto o preço de 79€ é válido só para quem assina um pacote de canais (fidelização). E é bem provável que com a TDT irá suceder algo de semelhante, o receptor será substancialmente mais barato, mas apenas para quem aderir aos canais a pagar! E o preço do receptor também deverá ser muito próximo do receptor já utilizado pelo serviço MEO satélite, porque o equipamento em termos de características é muito semelhante, um tem um sintonizador satélite, o da TDT terá um sintonizador terrestre. E também porque não faria muito sentido oferecer dois serviços equivalentes a preços muito díspares. Duvido que a PTelecom tenha apresentado valores muito diferentes destes na sua proposta aos concursos da TDT. Aguarda-se com expectativa o comunicado da PTelecom até ao final do ano, onde se espera que esta e outras questões sejam esclarecidas.

Também o uso do MPEG-4 torna muito mais difícil, no curto e médio prazo, o uso de equipamentos TDT portáteis “concorrentes” com os actuais e futuros serviços a pagar de televisão móvel (via telemóvel), a disponibilizar após o apagão analógico. Actualmente há grande oferta de televisores TDT MPEG-2 portáteis, mas nenhum MPEG-4. O MPEG-4 necessita de muito maior capacidade de processamento para fazer a descompressão do sinal em relação ao MPEG-2. Já é difícil conseguir uma autonomia de bateria de 2,5 horas com o MPEG-2, com o MPEG-4 ainda mais.

É verdade que só a utilização da compressão MPEG-4 permite a difusão dos quatro canais nacionais mais o quinto canal em alta definição(*)num único Mux. Mas, embora a disponibilização de um canal em alta definição na oferta de canais livres (Mux A) seja um incentivo à adesão à TDT, este incentivo acaba por ser neutralizado pelo alto preço associado à tecnologia utilizada (MPEG-4) e que é pago por todos os espectadores. Maior incentivo seria tornar obrigatória a emissão em formato panorâmico (16:9) de pelo menos os canais de acesso livre. Não se compreende que se esteja a adoptar o sistema de compressão mais recente (e caro) e no entanto se esteja a perpetuar o uso do formato 4:3, ultrapassado, numa nova plataforma de distribuição.

Uma melhor opção (para o consumidor) seria a difusão dos cinco canais em resolução standard no Mux A e a difusão do quinto canal em simultâneo, em alta definição, e em modo aberto (porventura temporariamente) num dos outros Mux nacionais. Desta forma só quem estivesse interessado na alta definição teria de adquirir o equipamento adequado e suportaria o respectivo preço. É perfeitamente possível transmitir com muito boa qualidade de imagem em definição standard (720x576) os 5 canais em MPEG-2 num único Mux. Isto pode ser facilmente comprovado através do visionamento de variados canais emitidos por satélite e da análise do respectivo bitrate. A definição standard resulta numa muito boa qualidade de imagem em ecrãs até 32 polegadas (a diagonal de LCD e plasmas mais vendida) desde que a fonte de sinal seja boa. Se a fonte (origem do material) não é de boa qualidade, não há bitrate nem MPEG-4 que salve a situação.
(*) Actualização: É agora sabido que o 5ºCanal será emitido em SD (definição standard) e o canal HD irá emitir programação da RTP1, RTP2, SIC, TVI e 5ºCanal em HD (alta definição) e em simultâneo.

Vantagens do MPEG-4 para o consumidor:
+ Torna possível uma maior oferta de canais.
+ Os programas gravados ocupam menos espaço.

Desvantagens do MPEG-4 para o consumidor:
- Preço elevado do equipamento (principalmente os receptores).
- É incompatível com praticamente todo o equipamento em uso (TDT MPEG-2).
- A oferta de equipamento compatível ainda é muito reduzida (televisores e receptores).
- Ainda não há equipamentos TDT portáteis compatíveis com MPEG-4.

Links:

sábado, 29 de novembro de 2008

Esclarecimento da Anacom sobre a TDT

Finalmente a Anacom divulga publicamente no seu site a informação técnica essencial sobre a TDT portuguesa, nomeadamente os requisitos minimos para os televisores e "set-top box's" (receptores), informação adiantada algum tempo atrás neste Blog. É motivo para dizer que mais vale tarde que nunca.

Extracto do esclarecimento da Anacom datado de 27-11-2008:

«As futuras emissões de Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal terão por base, nomeadamente, a tecnologia DVB-T e a compressão de vídeo MPEG-4/H.264.

Neste contexto, para recepção das emissões de TDT deverá confirmar se as especificações técnicas do(s) equipamento(s) de que dispõe respeitam, no mínimo, duas condições:

1. Compatibilidade com a norma DVB-T;
2. Descodificação de vídeo em MPEG-4/H.264.

Não se verificando as referidas condições, poderá proceder das seguintes formas:

Caso pretenda manter o seu actual televisor, deverá adquirir um dispositivo externo, habitualmente uma set-top-box a instalar entre a tomada de antena e o televisor, que em conjunto com o mesmo permita satisfazer as duas condições acima referidas;

Caso pretenda comprar um novo televisor e não ter que instalar o referido dispositivo externo, deverá adquirir um televisor digital integrado já com capacidade de recepção de DVB-T e descodificação de vídeo em MPEG-4/H.264. Deve assim certificar-se, designadamente junto do vendedor, de que os dispositivos que pretende adquirir tendo em vista a recepção de TDT em Portugal (set-top-box, televisor digital integrado, ou outro, como, por exemplo adaptador para PC) permitem satisfazer, no mínimo, as duas condições acima referidas.

Chama-se ainda a atenção para o facto de muitos dos equipamentos presentemente disponíveis em Portugal, com indicação de compatibilidade com DVB-T, designadamente televisores digitais integrados, disporem apenas de descodificação de vídeo em MPEG-2, o que não possibilita, por si só, a recepção de TDT em Portugal, carecendo assim de um dispositivo externo para o efeito, que poderá ser uma set-top-box com as características anteriormente referidas ou outro tipo de solução que satisfaça as mesmas condições. »

O texto completo está disponivel aqui.

Nota:
Até ao final do ano a PTelecom deverá também prestar esclarecimentos sobre a TDT. Nessa altura espera-se que informem qual o equipamento que estará disponível e os preços.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

TDT: Silêncio das autoridades prejudica consumidores

Os concursos já terminaram, as licenças estão atribuídas e o sinal até já está no ar na zona de Lisboa e Setúbal. No entanto, a um mês para o Natal, a época do ano em que mais televisores se vendem, continuam por divulgar oficialmente as características do equipamento necessário para receber o sinal da TDT.

Quando finalmente o inicio das emissões for divulgado nos principais meios de comunicação social, a esmagadora maioria do público vai constatar que não recebe a TDT. Porque o seu televisor não é compatível com a TDT portuguesa! E isto mesmo com aparelhos acabados de comprar!

A manter-se a falta de informação, é mais que previsível que as linhas de assistência das lojas e das marcas de televisores sejam inundadas de chamadas de consumidores julgando que o seu televisor está avariado, porque a TDT tem som, mas não tem imagem!

Quando finalmente forem informados, muitos irão sentir-se enganados, e com toda a razão! Os principais visados serão os comerciantes, embora os verdadeiros responsáveis sejam as autoridades que nada fizeram para informar e alertar o público!

As possiveis razões deste estranho silêncio ficarão para mais tarde…

Eu ficarei satisfeito se este Blog contribuir para alertar nem que seja uma única pessoa!

Aconselho todos os interessados no tema a lerem as mensagens anteriores neste Blog onde esta questão é abordada em pormenor e em caso de dúvida a contactarem as entidades envolvidas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

TDT: solução MPEG4 HD para televisores MPEG2

Com a adopção pela PTelecom do sistema de compressão mpeg4 para a TDT Portuguesa, o sintonizador tdt de quase todos os aparelhos (mesmo recentes), já vendidos tornou-se obsoleto, pois apenas permite a recepção do mpeg2 (vêr noticias anteriores neste blog).

Para quem não pretende adquirir mais uma caixa para ligar ao televisor, com todos os inconvenientes que isso acarreta (ocupa espaço, é necessário utilizar 2 telecomandos, consumo de energia em standby), há a esperança de uma solução na forma de um pequeno acessório.

Trata-se de uma placa pcmcia a inserir na respectiva ranhura do televisor e que permite a recepção dos canais em MPEG4 SD (definição standard) e HD (alta definição). Os circuitos dentro da placa processam o sinal que é depois encaminhado através de cabo para uma entrada hdmi no televisor. Não confundir com outra placa do mesmo fabricante, já á venda, mas que não permite a recepção do MPEG4 HD!


Mas, atenção, este dispositivo ainda não está à venda e se chegar a ser comercializado, só em 2009. Seria interessante a PTelecom testar este produto e eventualmente acordar com o fabricante a comercialização do mesmo em portugal, pois certamente para muitos esta solução seria a ideal.

Quem pretender mais informações deverá contactar o fabricante. É possível inscrever-se numa lista de e-mail e quando houver novidades a respeito deste produto, o fabricante compromete-se a informar.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

TDT Portuguesa em MPEG4 ! (act)

É oficial. Todos os canais da TDT portuguesa serão transmitidos em MPEG-4. Confirmam-se assim os rumores que circulavam. Resta saber quantos portugueses estarão em condições de assistir ao arranque da TDT em portugal, pois quase todos os equipamentos já vendidos e à venda em Portugal são apenas MPEG-2 e portanto incapazes de receber a TDT portuguesa.

De momento os equipamentos (televisores e receptores) aptos a receber as emissões são ainda em número reduzido e de preço relativamente elevado, devendo demorar algum tempo até os preços baixarem o suficiente de modo a permitir a massificação da TDT. Enquanto um receptor TDT MPEG-2 pode custar apenas 30 Euros, um adaptador MPEG-4 HD básico, adequado para receber a nossa TDT custa cerca de 190 Euros. Como muitos lares têm mais que um televisor, é necessário multiplicar este valor pelo número de aparelhos a adaptar. Parece ser um preço demasiado alto a pagar para receber 5 canais de televisão (os gratuitos).

Enquanto a PTelecom não divulga qual o equipamento que vai disponibilizar e em que modalidades (compra/aluguer) e a que preço, penso que a opção mais sensata, será mesmo esperar para vêr. Para ajudar à confusão, não esquecer que mais cedo ou mais tarde o sinal da TDT irá também ser distribuido por satélite. O satélite será a única opção para alguns, pois o sinal da TDT não vai chegar a todo o lado (vêr noticia de 28/05/2008), mas para quem pode instalar uma antena parabólica, poderá ser mesmo a opção mais interessante.

Uma alternativa económica para vêr a TDT é o uso de uma placa sintonizadora de TDT para computador. Existem vários modelos: internas (instaladas dentro do computador) e externas (ligadas por USB ou PCMCIA). Os preços variam entre os 20 - 100 euros.

Actualização 5/11/2008:

Uma nova alternativa poderá surgir brevemente no mercado. Trata-se de uma placa pcmcia MPEG-4 HD. Vêr a notícia de 5/11/2008.

Links:
A TDT irá cobrir inicialmente apenas o litoral do país
RTP Alerta para o preço elevado das «set top box»
Apresentação da proposta da PT para a TDT
Caderno de encargos do concurso do MUX A (canais em aberto)
Caderno de encargos do concurso dos MUXs B a F (canais a pagar)

sábado, 18 de outubro de 2008

TDT - Primeiras Emissões Já Estão No Ar!

(última actualização: 15/04/2009)

Segundo alguns relatos, começaram já as emissões teste da TDT portuguesa. Estas emissões são dirigidas à região de Lisboa e têm origem no emissor de Palmela, emitindo nos canais 67 e 69 em DVB-T MPEG4.

De acordo com a PTelecom, numa primeira fase, as emissões teste deverão extender-se a outros emissores que servem a região da Capital, como Monsanto, Estoril e Sintra. Mais tarde, em Janeiro/Fevereiro, deverão alargar-se ao resto do país.

Para receber estas emissões é necessário um televisor com receptor de TDT integrado e compatível com MPEG4, ou um receptor externo TDT compatível com MPEG4.

Quem tiver mais informações ou imagens sobre estas emissões, agradeço que as envie para o e-mail tdtportugal@gmail.com ou coloque nos comentários desta notícia.

Actualização 23/10/2008:
A emissão piloto tem transmitido um documentário sobre vida marinha em MPEG4 definição normal e em MPEG4 HD.

O leitor Edgar Silva enviou as seguintes fotos:



Actualização 27/10/2008:

O documentário foi substituido pela emissão dos 4 canais nacionais RTP1, RTP2, SIC e TVI. A potência de emissão parece ser razoável, pois é possível receber a emissão a +70Km.

Actualização 18/12/2008:

Novas imagens captadas em Lisboa por um leitor. Os bitrates utilizados actualmente para o video (2.9-3.1Mb/s) e o audio (192Kb/s) deverão baixar para cerca de 1.8Mb/s e 128Kb/s respectivamente, quando se iniciar a difusão do 5º Canal e do canal HD.


Actualização 12/01/2009:
Segundo informação não confirmada o sinal da TDT também já é recebido na zona de Torres Novas e Tomar. Aos residentes da zona que possam comprovar a recepção da (ou não) da TDT agradeço que entrem em contacto para o e-mail tdtportugal@gmail.com ou coloquem os resultados da sua experiência nos comentários desta notícia. *** NÃO CONFIRMADO ***

Actualização 5/03/2009:
A PTelecom instalou há algumas semanas, um pequeno emissor de TDT na cidade da Guarda,(na zona mais alta) que emite em regime experimental (como todos os outros). O alcance, segundo alguns relatos, é de 30-40Km.

Actualização 15/04/2009:
Trabalhos de substituição de antena uhf em Monsanto em preparação para a TDT. Clique aqui.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

TDT à portuguesa!

A pouco mais de seis meses para a data do arranque oficial da TDT em Portugal, instalou-se o silêncio! Silêncio das autoridades (governo e Anacom) e silêncio do concorrente vencedor dos concursos da TDT (PTelecom).

Repito, a seis meses da data anunciada para o arranque oficial das emissões (Abril de 2009) não foram ainda tornadas públicas as opções tecnológicas adoptadas. E como também nunca foi divulgado o conteúdo da oferta vencedora (nem da perdedora), no referente às opções tecnológicas a adoptar, também não é possível ao comércio, indústria e público em geral, o acesso a essa informação essencial.

Na ausência de informação oficial, cresce a especulação, instala-se a dúvida e a descrença. Ou seja, começámos mal e continuamos mal!

Se não são conhecidos os requisitos técnicos dos aparelhos (Tv’s e STB), como é que os fabricantes e comerciantes sabem que modelos devem produzir e comercializar em Portugal?

Mais uma vez, não sabemos adoptar as boas práticas de outros países, que têm gerido muito melhor o processo de transição da televisão analógica à digital. Veja-se o exemplo da Irlanda. O inicio oficial da TDT na Irlanda è Outubro de 2009. Pois bem, as autoridades Irlandesas já têm publicado desde Fevereiro de 2008 os requisitos técnicos dos aparelhos necessários para receber a TDT. Em absoluto contraste, a TDT portuguesa, que é suposto arrancar em Abril de 2009, e essa mesma informação contínua sem sair a público.

É fundamental saber qual a norma utilizada na compressão do sinal. O caderno de encargos favorecia o MPEG4, mas qual será adoptado? O MPEG4, o MPEG2 ou ambos? No inicio de Abril deste ano, e mesmo antes de ser conhecido o resultado dos concursos, um porta voz da RTP dizia que os canais pagos iriam utilizar o MPEG4. Ou seja, por omissão, poderia deduzir-se que a norma de compressão a utilizar nos canais gratuitos (MUX A) seria o MPEG2.

Agora, há quem afirme que os canais gratuitos também irão utilizar compressão MPEG4. E também se especula que a TDT portuguesa irá adoptar o novíssimo DVB-T2 em vez do DVB-T. O DVB-T2 é ainda, e apenas, utilizado em emissões experimentais e ainda não existem sequer receptores DVB-T2 à venda.

Se o MPEG4 for adoptado para todos os MUX’s qual a consequência? Apenas e só que em 99,99% dos televisores com TDT integrada ela simplesmente não funcionará! Ou seja, se se confirmar que todos os MUX’s irão utilizar o MPEG4 será necessário comprar um receptor externo ou um transcodificador MPEG4/MPEG2 porque quase todos os televisores já vendidos e à venda em Portugal são apenas MPEG2!

Mais, os receptores compatíveis com MPEG4 são ainda muito recentes e significativamente mais caros que os comuns receptores MPEG2. Ora, não estou a ver a PT a subsidiar receptores MPEG4 só para receber canais livres. Economicamente, apenas fará sentido, oferecer o receptor a um preço reduzido a quem subscrever os canais a pagar, como aliás já acontece com o serviço MEO satélite cujo receptor custa 79€.

Ou seja, quem quiser a TDT apenas para ver os canais gratuitos, arrisca-se a ter que gastar uma importância elevada no receptor. Neste caso o custo da TDT acabará por ser idêntico ao do satélite ficando a perder na oferta de canais.

Mas como está previsto que os canais a pagar arranquem só em Outubro de 2009, é razoável deduzir que não haverá receptor oficial antes dessa data. E também não é de excluir a possibilidade do arranque oficial ser adiado para a mesma data.

É minha convicção que caso o MPEG4 seja adoptado para todos os MUX’s, o objectivo da massificação da TDT estará comprometido, pelo menos a médio prazo.

Utilizando a solução DVB-T MPEG2 é perfeitamente possível transmitir no MUX A, 5 canais em definição SD (720x576), inclusivamente em 16:9, com muito boa qualidade de imagem e som. A alta definição em TDT por questões de economia de espectro poderá aguardar pelo MPEG4 em DVB-T ou DVB-T2.
Actualização:
Segundo informação recebida todos os MUX's da TDT vão utilizar o MPEG4 (vêr noticia de 29/10).

terça-feira, 15 de julho de 2008

Televisores sem TDT: atenção às pechinchas!

A poucos meses da tão aguardada chegada da TDT a portugal continuam a vender-se aparelhos de Tv sem sintonizador digital, ou seja, não aptos para a recepção da TDT.

Muitos consumidores, por desconhecimento ou lapso estarão a comprar aparelhos que se irão tornar obsoletos muito em breve. O fim da emissões analógicas, recorde-se, está previsto para 2012 e o anunciado quinto canal só estará disponível na TDT. Com o fim das emissões analógicas, os aparelhos não aptos necessitarão de um adaptador TDT externo.

Em Espanha as autoridades obrigam os comerciantes de aparelhos de Tv, a informar quando um aparelho não dispõe de sintonizador de TDT. Enquanto isso, portugal deve ser o maior outlet da europa para televisores sem tdt. É só ir às grandes cadeias do ramo e encontramos inúmeros modelos à venda por preços que aparentam ser verdadeiras pechinchas.

Se há vendedores honestos, também é verdade que muitos não o são. As autoridades de defesa do consumidor deveriam estar atentas a esta situação, porque é lesiva dos interesses do consumidor e não ajudará em nada a adopção da TDT por parte dos portugueses.

As nossas autoridades deveriam aprender e copiar o que se faz em países como a Espanha e a França, que estão bem mais avançados no que à TDT diz respeito.
Actualização:
Segundo informação recebida todos os MUX's da TDT vão utilizar o MPEG4. Os sintonizadores TDT devem portanto suportar o MPEG4 (vêr noticia de 29/10).