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segunda-feira, 26 de março de 2012

30% da população não está preparada para a TDT a um mês do "apagão" final

A apenas um mês da data agendada para o “apagão” analógico final (26/04), a ANACOM acaba por reconhecer (tarde), não só o atraso do processo de migração, mas também a ineficácia do programa de comparticipação à aquisição de receptores TDT por parte das populações mais carenciadas. Segundo dados de Março da Marktest, cerca de 30% da população afectada pela migração ainda não tomou as medidas adequadas e necessárias para a adaptação à TDT.

A ANACOM reconhece também que o número de Kits DTH (satélite) entregues até ao momento é muito reduzido e afirma que existem receios fundados de que a população que vive em zonas servidas por cobertura via satélite não faça a migração de forma atempada.

Este estado de coisas não deverá surpreender ninguém atento ao processo. Recordo que o programa de comparticipação só arrancou em Abril de 2011, ou seja, há menos de um ano! Além de ter arrancado tarde, o processo necessário para a obtenção da comparticipação foi pouco divulgado e é demasiado complicado e burocrático para a maior parte do público-alvo, o que fica comprovado pelo reduzido número de pedidos.

Seria também interessante comparar, no final do processo de migração, se não haverá uma estreita ligação entre a fraca adesão ao programa de subsidiação e aquisição do kit DTH e a subida assinalável no número de adesões aos serviços de televisão por subscrição. Os dados agora (re)conhecidos pela ANACOM comprovam uma vez mais o falhanço da massificação da TDT, justamente o critério a que foi atribuida mais importância no concurso da Televisão Digital Terrestre.  

Assim, a ANACOM acaba por reconhecer alguns erros há muito apontados e decidiu tomar algumas medidas adicionais de última hora para tentar acelerar a migração:

Novo subsídio, no valor de 61 euros - atribuído para custear a contratualizar da adaptação da instalação para recepção via TDT ou DTH (satélite). Este subsídio adicional é atribuído aos beneficiários do programa de subsidiação, em concreto famílias cujo requerente tenha 65 ou mais anos de idade, que se encontrem em situação de isolamento social, por razões conjunturais ou estruturais.

Redução do preço do kit DTH - o valor baixa para 30 euros, após comparticipação.

Extensão do subsídio ao 1º receptor DTH adicional - o subsídio passa a abranger dois receptores satélite.

Nova modalidade de aquisição do kit DTH - é agora possível encomendar o kit e pagar o respectivo preço final (30 Euros) no acto de levantamento, após verificação/confirmação pela PTC.

Como comentei em diversas ocasiões, o adiamento da migração por parte de muitos, era inevitável. A desigualdade nas condições de acesso ao sinal TDT (custos), motivaram que muitos adiassem a migração na expectativa de novos desenvolvimentos, o que acabou por se verificar. Para além da redução (tardia) do preço dos kits TDT satélite, recordo que está em curso a ampliação da rede de emissores de TDT, o que evitará que muitos residentes em chamadas zonas “sombra” tenham que recorrer à recepção da TDT via satélite.

As decisões da ANACOM podem ser consultadas na íntegra nos textos seguintes:
Ajustamento do programa para atribuição de subsídio à aquisição de equipamentos de receção das emissões TDT

Alteração do valor do Kit DTH, de extensão da comparticipação à primeira set-top-box adicional e ajustamentos do programa de comparticipação

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segunda-feira, 29 de março de 2010

TDT: como melhorar o sinal

No verão de 2009 deixei aqui no Blog algumas dicas úteis para quem pretende receber o sinal da TDT. Neste post tentarei abordar, de uma forma o mais acessível possível, um requisito essencial para a recepção fiável da televisão digital terrestre: a margem de segurança.

Tal como já tive oportunidade de explicar aos leitores, o sinal digital é muito diferente do sinal analógico. Na televisão analógica, à medida que o nível de sinal baixa, apesar da qualidade de imagem piorar, continua a ser possível seguir a emissão até quase não haver sinal. Isto não se verifica nos sistemas digitais como a TDT.

Na TDT, existe um nível (limiar) de sinal mínimo, abaixo do qual a recepção falha por completo! Mas, acima desse limiar a qualidade de imagem é perfeita (vêr figura 1). Essa é uma das principais vantagens dos sistemas digitais, mas que induz em erro muitos telespectadores!

A melhor forma de assegurarmos uma recepção sem falhas passa por utilizar uma antena adequada (de banda larga), com ganho suficiente (ganho sem amplificação) e devidamente situada e orientada ao emissor de TDT que melhor serve a zona de residência. Atenção que o emissor mais próximo pode não ser aquele com melhor recepção!

O nível do sinal TDT deverá portanto estar sempre acima do referido limiar de recepção. Para que isso aconteça é essencial assegurar uma margem de segurança! É essa margem de segurança que vai evitar falhas na recepção da TDT quando as condições de propagação do sinal forem desfavoráveis ou, em caso de interferências no sinal. A pixelização, paragens ou cortes mais ou menos frequentes de imagem, são quase sempre um indicador de que o nível do sinal de antena está demasiado baixo. Quanto maior a margem de segurança melhor!

Acontece também que a generalidade dos equipamentos (televisores ou receptores de TDT) podem indicar um nível/qualidade de sinal alto (exemplo: qualidade 100%), quando de facto o sinal poderá ser apenas marginal, ou seja, a margem de segurança é muito pequena. Sem utilizar linguagem demasiado técnica, basta saber que isso se deve à forma como o sinal é “medido” pelo aparelho. Os indicadores de sinal dos televisores e receptores têm ainda outro importante “defeito”: são demasiado lentos a mostrar as variações de sinal. Isto limita muito a sua utilidade para orientar uma antena. Apenas instrumentos de medida profissionais (bastante caros) podem medir com fiabilidade o sinal de TDT.

Terminarei por agora, alertando para um erro frequente. Muitas pessoas, quando suspeitam que o sinal de antena é fraco, começam por instalar um amplificador de antena e, se isso não resolver o problema, trocam por um de ganho maior. Este é um dos erros mais frequentes em que caem inclusivamente alguns instaladores de antenas! Antes de recorrer a amplificadores de sinal (que em determinadas situações só agravam o problema) importa assegurar a compatibilidade da antena, o seu ganho adequado e a sua correcta localização e orientação. A antena é o melhor “amplificador”!

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sábado, 1 de agosto de 2009

TDT: problemas de recepção

Com a chegada do período de férias, certamente muitos leitores irão aproveitar algum do seu tempo livre para tentar receber a Televisão Digital Terrestre. Vários pontos do país têm como data prevista de cobertura TDT o final do mês de Agosto. Nas últimas semanas têm entrado em funcionamento novos emissores de TDT abrangendo zonas não incluídas no arranque da TDT a 29 de Abril. A lista actualizada dos emissores, mapa de cobertura e frequências de TDT está aqui.

Alguns leitores queixam-se de que, apesar de estarem dentro da zona de cobertura do sinal indicada pela PT, não captam sinal algum ou captam muito mal o sinal de TDT.

O insucesso pode ter várias causas:

A área de cobertura é uma previsão

A área de cobertura é uma simulação realizada tendo em conta vários parâmetros. Nem sempre as previsões coincidem com a realidade. A PT não informa, mas as previsões de cobertura muito provavelmente assumem que na recepção se utiliza antena exterior com um ganho adequado e instalada a uma altura também adequada! Mais, as previsões de cobertura não têm em conta edifícios altos ou árvores que podem obstruir o sinal! A recepção fiável da TDT com antena interior, só será possível na proximidade dos emissores ou em casos excepcionais.

Sistemas de antena colectiva

Muitos dos leitores que informam não conseguir receber a TDT reside em edifícios que utilizam sistemas de recepção colectiva ainda não adaptados para a TDT. Nesse caso para receber o sinal através do sistema colectivo deverão solicitar uma verificação do sistema de recepção colectivo.

Não co-localização de emissores

Muitos emissores de TDT estão a ser colocados junto a antenas da TMN e não junto aos “antigos” emissores analógicos. Esta situação não é novidade, tendo sido abordada anteriormente aqui no Blog. Deve-se ao facto de a nossa TDT utilizar o tipo de rede SFN (rede de frequência única). Se o emissor de TDT não ficar em linha com o actual emissor analógico, poderá ser necessário reorientar a antena (poderá piorar ou perder o sinal analógico) ou instalar uma segunda antena.

Antenas incompatíveis

As antenas utilizadas deverão ser compatíveis com a TDT. Isto não significa necessariamente que a antena terá de ser trocada por uma nova. Muitas das antenas em uso há vários anos servem perfeitamente, desde que estejam em boas condições. Contudo deverão ser de banda larga, isto é, capazes de receber bem todas as frequências UHF, do canal 21 ao canal 69*. É aconselhável que tenham um ganho não inferior a 14dBi. A imagem seguinte ilustra os tipos de antena que com mais frequência se encontram à venda. As antenas 1 e 2 são exteriores. As antenas 4 e 5 são antenas interiores. A antena 3 é uma antena especial para caravanas, mas que também pode ser utilizada no exterior de edifícios, em zonas de boa cobertura. A antena 1 é uma antena VHF e não é compatível com as actuais emissões de TDT.


Antenas Log-Periódicas ou "rabo-de-bacalhau"

Estas antenas normalmente apresentam um poder de captação de sinal relativamente baixo e baixa directividade devendo a sua utilização ser evitada em zonas onde o nível de sinal recebido é baixo ou é afectado por reflexões.  

Qualidade da instalação

Para além da antena, é também muito importante que o cabo coaxial e todos os conectores (fichas) sejam de boa qualidade.


* Na prática a antena deverá ter um ganho adequado na frequência utilizada pelo emissor TDT, que no Continente é actualmente o canal 56 de UHF. Referem-se as antenas de banda larga porque estas, em principio, asseguram um ganho satisfatório em todos os canais UHF, o que salvaguarda eventuais alterações na televisão digital terrestre, como a alteração da frequência (como já ocorreu) ou a utilização futura de novas frequências. Se a antena em utilização tem um ganho adequado na(s) frequência(s) TDT e está em boas condições, não há necessidade de trocar, como é evidente.

Importa também lembrar que, como a PT não divulgou a lista de todos os locais onde serão colocados emissores de TDT e sua respectiva área de cobertura e, como em muitas localidades será possível receber sinal de dois ou mais emissores, não é ainda possível determinar qual será o emissor mais indicado para essas zonas e qual a orientação definitiva a dar à antena.


Televisores e receptores

Para desfrutar das emissões da TDT portuguesa é necessário que o televisor ou receptor TDT suporte as normas de compressão MPEG-4 (video) e AAC (áudio). Nos receptores tipo placa sintonizadora ou Pen USB (para computador) o processamento do sinal é realizado pelo computador. Para receber as emissões basta que os codecs H.264 e AAC estejam instalados e à entrada de antena chegue sinal suficientemente forte. Na eventualidade do televisor ou receptor de TDT não ser compatível com a TDT portuguesa será possível sintonizar a emissão, mas não será possível ver/ouvir os programas.


Problemas de recepção da TDT portuguesa em zonas vizinhas de Espanha:

Em instalações em que a antena de recepção fica orientada para Espanha ou se faz a mistura de sinal de duas antenas (sem filtragem) é possível que, em determinadas condições, emissões provenientes de Espanha no canal 56 afectem a recepção da TDT portuguesa.

A solução para este tipo de problema depende das particularidades de cada caso.


Parte 2: Como melhorar o sinal da TDT

Notícias relacionadas:

quarta-feira, 15 de abril de 2009

TDT irá utilizar 180 estações emissoras

A poucos dias do arranque oficial das primeiras emissões de TDT em Portugal, prossegue o trabalho de adaptação dos centros emissores de televisão. Não serão apenas os espectadores que terão que adaptar o seu equipamento de recepção para a televisão digital terrestre. Também o equipamento de emissão, utilizado na difusão do sinal que chega a nossas casas, terá que ser substituído ou adaptado.

A PTelecom através do portal Sapo (pertencente ao grupo PT), disponibiliza um video onde pode ser observado o trabalho de substituição de uma antena emissora de UHF situada em Monsanto, Lisboa. Segundo a mesma fonte, serão adaptadas para a TDT 180 estações emissoras, no continente e ilhas.

Actualmente a PTelecom utiliza 260 estações emissoras e retransmissoras na difusão da televisão analógica.

Na reportagem é possível observar as novas antenas de painel, e os novos emissores Thomson DVB-T, de média potência.



Notícias relacionadas: Trabalho arriscado!
(videos impressionantes, sobre o trabalho de substituição de uma antena emissora, com o auxílio de um helicóptero)

Links:

terça-feira, 17 de março de 2009

Governo regula transição para a TDT

O Governo, através da resolução do Conselho de Ministros Nº 26/2009, acaba de divulgar um conjunto de medidas e regras relativas ao encerramento do serviço de televisão analógico. Destacam-se:
  • A cessação das emissões analógicas em todo o território nacional até 26 de Abril de 2012.
  • A publicação pelo ICP-Anacom de um plano detalhado da cessação das emissões analógicas de cada estação emissora ou retransmissora. Este plano pode ser publicado de forma faseada, mas sempre com antecedência mínima de 3 meses relativamente à data de cessação das emissões de cada estação.
  • A criação de um grupo de acompanhamento da migração para a televisão digital (GAM-TD).
O texto completo da resolução pode ser lido aqui.

Relativamente à publicação da data de encerramento de cada emissor ou retransmissor, considero o prazo de "aviso" de 3 meses muito curto. O prazo mínimo de 3 meses diz respeito à Anacom. Essa informação vai demorar algum tempo a chegar aos consumidores se não for divulgada de forma eficaz (televisão...). A ter em conta que em muitas localidades será necessário proceder a alterações no sistema de recepção.

Na minha opinião, melhor opção teria sido "obrigar" a PTelecom a divulgar a cronologia da implementação da TDT por localidade ou emissor/retransmissor, com a data prevista do arranque das emissões da TDT, a data prevista do encerramento das emissões analógicas, potência do emissor/retransmissor, mapa de cobertura (ou diagrama de radiação das antenas) e localização GPS do local de emissão.

Links:
Televisão analógica acaba em Abril de 2012
TDT portuguesa arranca a 29 de Abril

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Televisao analógica acaba em Abril de 2012

O Governo determinou hoje que o encerramento das emissões analógicas de televisão irá ocorrer até 26 de Abril de 2012. A partir dessa data as transmissões serão apenas em formato digital. Ou seja, o mais tardar (se não ocorrerem adiamentos), a partir de 26 de Abril de 2012, o único sinal de televisão recebido através de antena terrestre será o da televisão digital terrestre (TDT).

Cai por terra a expectativa e proposta da PTelecom de terminar as emissões analógicas já em 2011, ou seja, um ano antes da data limite imposta pela Comunidade Europeia.

Durante um período não inferior a 12 meses, as difusões serão efectuadas de modo simultâneo em sinal analógico e digital.

O Governo adianta ainda que irá desenvolver um conjunto de acções e medidas para “estimular uma migração voluntária e maciça” que tenha o menor impacto possível nos consumidores.

Para receber as emissões digitais (TDT), os consumidores terão de possuir um televisor compatível com a TDT portuguesa, ou seja, apto a receber emissões DVB-T em MPEG-4/H.264, ou, adquirir um receptor ou adaptador de TDT também apto para DVB-T MPEG-4/H.264. O receptor ou adaptador mais acessível, é à data, o anunciado pela PT em 12 de Janeiro último (que ainda não está à venda), e tem um custo máximo de 50 Euros.

Links:
TDT Portuguesa arranca a 29 de Abril

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

TDT poderá sair mais cara do que o previsto

Tal como alertei na mensagem de 16/01 (TDT: cobertura do litoral), acabo de receber a confirmação de que de facto alguns de nós teremos que reorientar a antena de UHF ou instalar uma antena adicional para receber a TDT portuguesa.

Resposta recebida do Fórum TDT a questões por mim colocadas:

«Caro(a) Sr(a).: Obrigado pelo seu contacto.

Em relação à questão que nos colocou, informamos que, efectivamente, todas as pesquisas por código postal estão a apontar para Janeiro de 2010 ou Dezembro de 2010, conforme se trate de uma zona incluída na 1ª ou na 2ª fase de implementação. Esperamos, no futuro, enriquecer esta informação.

Quanto às ilustrações de antenas compatíveis com a TDT, verificámos que existia, de facto, uma incoerência, pelo que agradecemos o alerta. A ilustração já foi alterada, uma vez que remetia para uma antena VHF que não permite a recepção do sinal digital terrestre.

A questão da reorientação das antenas já foi posta, também, por outras pessoas e, sendo uma questão importante para o esclarecimento dos portugueses, foi já incluída nas Perguntas Frequentes do site tdt.telecom.pt.»

Fórum TDT - Perguntas Frequentes:

«A reorientação da sua antena estará dependente da localização dos emissores de TDT.
Caso o emissor da TDT da sua área seja, no futuro, o mesmo que é usado actualmente no sistema analógico, em princípio não será necessário fazer ajustes. Caso contrário será necessário reorientar a sua antena.»

Este facto, vai criar alguns transtornos, e pode originar gastos acrescidos a quem tem dois ou mais televisores ligados à antena, seja em moradias ou apartamentos com sistema de recepção colectiva. Esta questão foi já abordada com mais detalhe nas mensagens de 16/01 e 9/02.

Sendo Portugal um dos últimos países da europa a adoptar a TDT e propondo-se fazer o "desligamento" analógico já em janeiro 2011, torna-se ainda mais importante não perder tempo e esclarecer todas estas (e outras) questões, o mais rápido possível, para que a transição para a TDT decorra sem sobressaltos.

Actualização 2/03/2009:
Por determinação do Governo, o "desligamento" ou "apagão" analógico já não poderá ter lugar em Janeiro de 2011. Consultar o post de 26/02/2009.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fórum TDT ignora utilizadores (act.)

Apresentado ao público em 12 de Janeiro último, pelo presidente executivo da PTelecom, o Fórum TDT, «vem garantir que os portugueses tenham acesso a toda a informação relativa à transição da televisão analógica para a televisão digital terrestre (TDT)». (citação)

Passado cerca de um mês da data da sua criação, infelizmente não é o que está a acontecer. A informação disponibilizada ao público é escassa e nalguns casos inexacta ou mesmo errada. Um exemplo, segundo o fórum:

«Se já utiliza a recepção analógica terrestre e dispõe de uma antena de recepção UHF e respectiva cablagem até as suas TV’s, apenas necessitará de adquirir o descodificador compatível com a tecnologia DVB-T e com a norma MPEG4/H.264». (citação)

Esta afirmação é inexacta, porque em muitos casos deverá ser necessário substituir a antena de UHF, por não estar adaptada à recepção dos canais utilizados na emissão da TDT. Muitas instalações de antena comunitária terão que instalar um módulo de amplificação adicional para cada Mux da TDT. E, se se confirmar que em algumas zonas os emissores de TDT não serão co-localizados com os emissores de Tv analógica, a maioria das pessoas poderá ter que instalar uma segunda antena de UHF (ou re-orientar a antena actual e perder a emissão analógica).

Também os exemplos de antenas compatíveis pode induzir em erro, porque um tipo de antena ilustrado (antena VHF), não é adequado à recepção de UHF e portanto não permite a correcta recepção da TDT.

Estes "lapsos" são tanto mais incompreensíveis pois nos quadros de pessoal da PTelecom certamente não devem faltar engenheiros de telecomunicações.

É também lamentável que os pedidos de informação do público não tenham resposta.

Estas, e outras situações, fazem-me acreditar que o espaço criado, é mais uma ferramenta de marketing do que outra coisa qualquer.

Nota: logo após o lançamento do fórum tdt, fiz chegar aos seus responsáveis as minhas críticas e sugestões mas, até à data, sem resultados práticos.

Actualização 12/02/2009:
A imagem com exemplos de antenas foi finalmente corrigida. A ilustração da antena VHF (assinalada com X na imagem acima), não apropriada para a nossa TDT, foi removida.

Actualização 19/02/2009:
Boas e más notícias. Boas, porque recebi finalmente resposta às questões colocadas aos responsáveis do fórum TDT (PT). Más, porque confirmam-se as minhas suspeitas e, muitos de nós teremos de reorientar a antena ou instalar uma segunda antena para receber a TDT portuguesa. Esta importante informação já foi disponibilizada na secção das perguntas frequentes do referido fórum.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

TDT: cobertura do litoral (act.)

(última actualização: 30/04/2009)

Em emissão experimental/piloto desde Outubro de 2008, para a zona de Lisboa, a emissão da TDT deverá em breve expandir-se ao resto do litoral. De acordo com a PTelecom, um número de 8 a 10 localidades deverão participar no arranque da TDT (a gratuita) a 29 de Abril próximo.

A oferta de TDT paga designada MEO DT, tem arranque previsto para Outubro, apesar da batalha legal em que está envolvida.

O número exacto, potência e localização dos emissores/retransmissores que vão participar nas emissões “piloto” ainda não é oficialmente conhecido. No entanto, conforme foi já aqui divulgado, numa primeira fase, far-se-á a cobertura de Lisboa e no final de Janeiro, inicio de Fevereiro a cobertura será gradualmente estendida ao resto do litoral.

Relativamente à cobertura de Lisboa, actualmente estão activos os emissores de Palmela e Monsanto e os retransmissores de Costa de Caparica e Sintra. O emissor de Monsanto, segundo informação, é ainda temporário e emite com uma potência muito reduzida (recebe-se até à zona de Picoas), talvez por esse motivo, muitos não conseguem recebe-lo.

Após a cobertura de Lisboa, na melhor das hipóteses, o sinal deverá chegar ao Porto no final de Janeiro. O emissor da Lousã, que em analógico serve grande parte da região centro e que muitos recebem até para lá de Estarreja (o emissor do Monte da Virgem está a uma cota muito baixa), ao que tudo indica (consulta dos mapas) não deverá emitir a TDT antes da implementação da fase 3 de cobertura.

A consulta das várias fases de cobertura, estão disponíveis no recentemente criado Fórum da TDT. No entanto várias perguntas ficam por responder:

A fase 1 de cobertura corresponde à data de arranque de 29 de Abril?

O arranque terá lugar em 8 a 10 localidades, regiões ou emissores?

Algumas fontes referem regiões, no entanto a Portugal Telecom fala em localidades. Um só emissor pode abranger várias localidades ou regiões, depende da sua localização, potência e diagrama de irradiação das antenas.

Será necessário reorientar as antenas para receber a TDT?

Os emissores e retransmissores de TDT activados até agora estão situados em locais onde também se emite a televisão analógica, pelo que as populações servidas por esses emissores e retransmissores não terão que alterar a orientação das antenas. Mas analisando o mapa de cobertura da fase 1 podemos verificar (salvo erro do mapa) que não haverá emissão a partir da Lousã. No entanto a zona do litoral aparece como coberta pelo sinal da TDT. Actualmente grande parte do litoral é coberto pelo emissor da Lousã (Fig. Foz, Coimbra, Aveiro, etc). Se a Lousã não emitir TDT, como será possível recebe-la sem alterar a orientação da antena? Não faria sentido, porque a adaptação dos televisores será gradual, ninguém vai comprar 3 ou 4 receptores (ou adaptadores) de uma assentada, a recepção analógica e digital irá coexistir até ao chamado “desligamento” analógico em 2011 ou 2012. Será que em algumas zonas será necessário alterar a orientação da antena de UHF ou adicionar uma segunda antena? A seguir com atenção...

Dito isto, a PTelecom já comentou que estaria a seleccionar as antenas da TMN que iria utilizar na TDT. Será que planeiam utiliza-las para além das micro-coberturas? A rede de difusão da nossa TDT é uma rede SFN (um mux utiliza a mesma frequência em todo o território). Este tipo de rede requer um planeamento muito cuidado e é de implantação mais complexa, pelo que a “geografia” da rede de emissores e retransmissores de TDT em algumas zonas do país poderá ser diferente da rede de sinal analógico.

Ainda, segundo informação não confirmada, algumas infra-estruturas da RETI serão utilizadas na emissão da TDT. Também não confirmada é a chegada do sinal de TDT à zona de Torres Novas e Tomar.

Recorde-se que até ao final de 2009 a PTelecom está obrigada a cobrir 78% da população, o que corresponde aproximadamente à área coberta pela fase 4 da implantação da TDT. A PTelecom afirmou ter como objectivo a cobertura de 80% da população até ao final de 2009.

A emissão dos canais de acesso livre (RTP1, RTP2, SIC e TVI), é feita no canal 67 de UHF em DVB-T, MPEG-4/H.264.

Para receber as emissões da TDT, para além do televisor ou adaptador compatível (MPEG-4/H.264), deverá bastar o uso de antenas UHF de banda larga (C21-69) devidamente orientadas. Em zonas de sinal forte poderá bastar uma antena interior (mas a antena exterior é sempre preferível). Deverá também ter presente que as emissões ainda estão em período de teste, pelo que podem sofrer interrupções, alteração de parâmetros e o nível do sinal pode variar.

Actualização 28/01/2009:
No seguimento do post inicial, parece cada vez mais provável que:
  • Muitos de nós iremos mesmo receber o sinal da TDT a partir das torres da TMN.
  • A Lousã (Trevim), ao que tudo indica não vai emitir TDT.
  • A emissão da TDT a partir do Porto (V.N. Gaia) vai ter um alcance de apenas 25Km (aprox.) e a potência não deverá ultrapassar os 1000W (é possível que seja inferior).
A PTelecom parece assim ter "optado" por utilizar um número maior de emissores do tipo celular (baixa potência) e um número muito reduzido de emissores de tipo broadcast (média e alta potência). Lembro que estas considerações, são baseadas em dados escassos e carecem de confirmação. Só quando arrancarem as emissões ou a PTelecom divulgar quais os locais de emissão haverá algumas certezas.

Actualização 19/03/2009:
Segundo Luís Avelar, um responsável da PT, a mesma prevê iniciar as emissões a 29 de Abril em 8 a 10 cidades. Em declarações anteriores, recorde-se, outros responsáveis da PT, falaram em localidades e regiões.

Actualização 31/03/2009:
Uma vez que a PT tarda em divulgar a lista de localidades, regiões ou cidades (o termo varia consoante o local, a data e o responsável...), decidi arriscar "extrair" mais alguma informação com os escassos dados conhecidos. O objectivo é tentar encontrar locais alternativos para os emissores de TDT, que permitam a cobertura do litoral entre Montejunto e o Porto. Isto porque, como já disse em 28/01, é possível que o Trevim (Serra da Lousã) não vá emitir TDT antes da fase 3.

O ponto de partida foram os mapas de cobertura disponibilizados pela PT no fórum TDT. Estes mapas são de dimensões muito reduzidas e podem conter várias imprecisões. Uma ajuda preciosa seria um mapa com a localização exacta das antenas da TMN, mas infelizmente não disponho dessa informação.

Dados a ter em consideração no "estudo":
  • A análise dos mapas (zonas cobertas).
  • As características da rede SFN (nomedamente a distância max. entre emissores).
  • O relevo do terreno (que influencia o alcance dos emissores).
  • A localização da actual rede de emissores/retransmissores analógicos.
Conclusão/Previsão:
A melhor alternativa de localização para a cobertura da região entre Leiria Norte e Aveiro Sul situa-se junto à Serra da Boa Viajem (Figueira da Foz) a uma cota aproximada de 170-200m. Esta localização permite adequada "visibilidade" para Norte, Sul e Este, com desperdício minímo de sinal.

A melhor alterativa de localização para a cobertura da região entre Leiria Sul e Peniche situa-se junto ao lugar da Senhora do Monte (Leiria) a uma cota de 380m (local onde já existem infraestruturas de telecomunicações).

Para a cobertura da região entre Aveiro Norte e o Porto:
  • Em Vila Nova de Gaia (Monte da Virgem) na torre da PTComunicações ou na torre da TVI e próximo da localidade do Préstimo a uma cota de 350m (local onde já funcionam retransmissores de Tv) e em Vale de Cambra a uma cota de 450m (local onde já funcionam retransmissores de Tv), ou:

  • Em Vila Nova de Gaia (Monte da Virgem), em Vale de Cambra e a norte de Oiã (a uma cota de 60m).
Como disse, trata-se apenas de um exercício, baseado em informação muito escassa. Os "reais" locais de emissão poderão ser outros. Só após a PT ou Anacom divulgar essa informação haverá certezas.

Solicito e agradeço que os interessados testem a recepção nas suas localidades próximo da data do arranque e partilhem as suas experiências (informar localidade, tipo e direcção de orientação de antena e força do sinal).

Actualização 7/04/2009:
Segundo o coordenador do projecto TDT da PTelecom, as emissões piloto que se iniciam a 29/04 irão cobrir aproximadamente 20% da população (o que provavelmente deverá corresponder apenas a Lisboa e cidades vizinhas, Ponta Delgada, Funchal e Guarda). Relativamente ao receptor, o mesmo responsável afirmou não acreditar que esse preço seja praticável na data de lançamento da TDT!

Actualização 9/04/2009:
Criado novo mapa com a cobertura prevista para a TDT em 31/12/2009, baseado em informação disponibilizada pela PTelecom.

Nota: Devido à copia não autorizada de imagens do blog tdt-portugal por outros sites/blogs oportunistas, que apagam a informação da origem e as fazem passar como de sua autoria, sou forçado a reforçar a identificação das mesmas.

TDT-Portugal - Mapa Previsão de Cobertura - Dezembro 2009

Actualização 30/04/2009:
Como é agora possivel constatar (já são conhecidos alguns dos emissores), os mapas de cobertura da TDT (fases de cobertura) não estão a ser respeitados. Há uma área significativa do mapa da fase 1 que não tem cobertura, enquanto zonas do interior que não figuram na fase 1 já têm cobertura. A informação divulgada pela PTelecom não estava correcta.
Actualização 3/06/2009:
Mapa da cobertura prevista a 31/12/2009 já contempla a cobertura dos pilotos (29/04/2009).

Links:

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Trabalho arriscado!

Instalar antenas é por vezes um trabalho arriscado, mas a 375 metros de altura decididamente não é para qualquer um! Vejam os dois impressionantes videos filmados em Lopik, na Holanda. O primeiro é sobre a remoção de uma antena analógica que pesa 8000Kg e o segundo é sobre a instalação de uma nova antena digital no mesmo mastro. O trabalho foi realizado com a preciosa (e indispensável) ajuda de um helicóptero Super Puma.

Se por acaso algum dia vir um helicóptero a pairar sobre um emissor de Tv, é bem provável que estejam a trabalhar na instalação das antenas para a TDT.

Video1
Video2