quinta-feira, 10 de março de 2011

TDT: 1ª Campanha de informação não traz novidades (act.)

Decorreu hoje em Lisboa a sessão de apresentação da primeira campanha de informação sobre a TDT. A campanha de informação que hoje se inicia esteve prometida para arrancar a seguir ao verão de 2010, mas foi sendo sucessivamente adiada. A sessão contou com a presença do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Ministro das Obras Públicas e responsáveis da Anacom. A campanha conta com duas fases: a primeira que arrancou hoje, de sensibilização para a mudança e a segunda, prevista para Setembro, que alertará para a necessidade de adaptar os equipamentos para a TDT.

Infelizmente nenhuma novidade, apenas mais demagogia. Segundo notícia publicada na edição online do Económico, o Sr. Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações afirmou que «somos o primeiro país da Europa com cobertura total». A afirmação é incorrecta (para não dizer falsa), entre outras coisas porque a cobertura terrestre não abrange a totalidade do território e sobre a cobertura por satélite não há ainda qualquer informação. Em países como a Espanha ou França já há muito que a cobertura por satélite está disponível, o que não é o caso de Portugal, em que nada ainda se sabe. Já em Junho de 2010 o Sr. Ministro havia dito que a introdução da TDT em Portugal era um caso de sucesso. Em Novembro de 2010 um inquérito revelou que a adesão à TDT era de apenas 1,1% da população sem televisão paga!

Parece pois claro que, mesmo perante dados tão alarmantes, o Governo não está disposto a “mexer uma palha” para que a TDT se torne atractiva. A opção parece clara: impor a mudança para a TDT sem qualquer contrapartida de relevo para o cidadão ou obrigá-lo a aderir aos operadores de televisão paga. As palavras de um administrador da Anacom dizem tudo: «chegar-mos a 2012 com todas as pessoas a receber televisão como recebiam, já agora com um bocadinho melhor imagem e com algumas funcionalidades que não existiam na televisão analógica».

O tom da campanha que arrancou hoje nas televisões diz tudo: “se não tem televisão paga só vai poder continuar a ver os seus programas com a TDT”. O spot que passa nas televisões não diz o que é a TDT, não explica o porquê da mudança e nem refere as vantagens da TDT. O que esta campanha realmente faz, é atirar à cara da maioria dos cerca de 45% de portugueses que não são assinantes de um serviço de televisão paga, que são pobres e cidadãos de segunda!

Naturalmente, não será de admirar se esta campanha acabar por promover mais a adesão aos operadores de televisão paga do que à televisão digital terrestre! Mas isso não é verdadeiramente surpreendente, porque todo o desastre do processo de introdução da TDT tem sido uma dádiva para os operadores de Pay TV.

A morte da televisão terrestre em Portugal ficou hoje mais próxima.


Video da campanha TDT

14/03/2011:
Recebi o alerta de um leitor. Vejam a publicidade que a PT está a colocar no Google:













O TDT está a chegar - Adira ao MEO!
Não espere pelo TDT - Adira ao MEO!

Ou seja, a empresa responsável pela TDT faz publicidade contra a TDT!
Será que ainda alguém duvida que a TDT está a ser sabotada, como tenho vindo a afirmar?

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terça-feira, 1 de março de 2011

TDT: campanha de informação arranca a 10 de Março (act.)

Como se informou no passado dia 23/02 (Breves TDT), a campanha de informação/sensibilização sobre a TDT deverá arrancar este mês. Segundo informações vindas a público, a campanha deverá finalmente arrancar no próximo dia 10 de Março e terá três fases: explicação do que é a TDT, informação sobre as suas limitações e como utilizar os equipamentos. A decisão foi tomada ontem numa reunião entre os ministros dos Assuntos Parlamentares e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, ANACOM, Portugal Telecom, RTP, SIC, TVI e a Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social.

Recordo que a ANACOM anunciou o arranque de uma campanha de sensibilização sobre a TDT a seguir ao verão de 2010, mas que foi sendo sucessivamente adiada, para o início de 2011, depois para o mês de Fevereiro e agora para Março.

E, apesar do enorme atraso na divulgação da TDT e de faltarem apenas 10 meses para a data prevista para o inicio do desligamento dos principais emissores de televisão analógica, ficou-se a saber que a campanha de informação não está ainda pronta! Alegadamente, só agora, nesta reunião, se decidiu como informar os portugueses. Como o Blogue TDT em Portugal informou recentemente, em Novembro de 2010, apenas 1,1% da população recebia a TDT portuguesa e 92% desconhecia qual o ano do fim das emissões analógicas. Como expliquei em post anterior, dados os sucessivos atrasos, é bem provável que o encerramento das emissões analógicas seja adiado para não antes do final de 2012.

Como estava préviamente definido, está previsto o apoio na aquisição dos "descodificadores" para as camadas da populações mais carenciadas. Quem recebe o rendimento mínimo, terá "um apoio de 50 por cento na aquisição do aparelho". Esta comparticipação será atribuída após o envio da respectiva factura de aquisição e de documentos comprovativos da situação para um endereço postal a divulgar.

Mas, apesar do início da campanha de informação, tudo indica que inúmeras questões importantes, relacionadas com a disponibilidade da cobertura terrestre e via satélite, preços, tipo e disponibilidade de equipamentos para a recepção via satélite, entre outras questões pertinentes, ficarão ainda por responder durante mais algum tempo. Quer ANACOM quer PT continuam sem responder às questões mais importantes. A manter-se este silêncio, a consequência inevitável será o contínuo adiamento da adesão à TDT por parte da maioria dos portugueses e a continuação do aproveitamento da situação pelos operadores de televisão paga.

É profundamente lamentável que ao fim de todo este tempo os "responsáveis" pela implementação da televisão digital terrestre não tenham conseguido (ou querido) delinear e implementar uma estratégia de sucesso para a TDT. Tudo indica portanto que a TDT portuguesa continua a navegar à vista, sem rumo certo.

Sem surpresa, chego à conclusão que os sucessivos adiamentos não foram aproveitados para nada (excepto pelos operadores de televisão paga), pois tudo indica que entretanto muito pouco ou nada foi feito. Não foi por falta de alertas, pois o blogue TDT em Portugal tem desde há muito tempo vindo a alertar os responsáveis, em público e em privado, para os erros cometidos e avançado com possíveis soluções. Não há desculpa possível!

7/03/2011:
Segundo fontes da Anacom citadas pela agência Lusa, apenas será subsidiada a compra de um equipamento por lar e apenas os equipamentos mais básicos (que não permitem a gravação ou pausa da emissão) serão comparticipados. Como a grande maioria dos novos receptores disponibiliza a opção de pausa e gravação por porta USB, preve-se que esta condição vá limitar ainda mais as já poucas opções do consumidor, aliás esta condição parece ter sido adoptada para impôr a escolha de um equipamento particular (e limitar o valor da comparticipação), que actualmente já nem se encontra em comercialização em Portugal. 10/03/2011: esta última condição não consta da informação divulgada no site oficial da TDT.

Ainda segundo a Anacom, cerca de 1/3 das habitações portuguesas, o que não chega a 1.5 milhões de lares, recebem a televisão por antena. Estes dados não coincidem com um recente inquérito da Universidade Lusófona realizado em Novembro de 2010 em que 45% dos inquiridos (ou seja quase metade da população) afirmaram não ter televisão paga em casa.

8/03/2011:
O Governo irá fazer a apresentação pública do projecto na próxima quinta-feira 10, no dia em que a campanha de informação arranca. Esperemos que após 23 meses perdidos, o Governo tenha finalmente aprendido alguma coisa e não se fique por meras palavras e promessas vãs. A RTP N e em particular a RTP Memória, há muito que deveriam estar presentes na TDT portuguesa. Veremos se vamos ter uma TDT versão 2.0, ou se tudo irá continuar como dantes.

10/03/2011:
A apresentação da campanha de "informação" já terminou e sem novidades, apenas propaganda. Nos canais de TV passa uma publicidade que diz: «se não tem televisão paga só vai poder continuar a vêr os seus programas com a TDT».  

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TDT: ANACOM nega evidências

Os leitores mais atentos saberão que tenho criticado as televisões pela ausência quase total de informação relacionada com a televisão digital terrestre, apesar de não ter faltado matéria de interesse, como poderão verificar consultando o histórico de posts do blogue TDT em Portugal. Apesar de serem as principais interessadas que o processo de adesão à TDT decorra da melhor forma, as poucas notícias ou reportagens já emitidas têm sido curtas, pouco esclarecedoras e quase sempre com alguma informação errada pelo meio. Ontem a SIC Notícias destacou a TDT no seu programa Falar Global, onde entrevistou dois responsáveis da ANACOM, entidade intimamente ligada à implantação da televisão digital terrestre no nosso país.

Na referida reportagem os responsáveis da ANACOM afirmaram que apenas cidadãos a receber o rendimento social de inserção, reformados e pensionistas com rendimentos inferiores a 500 Euros ou cidadãos com grau de deficiência superior a 60% terão direito a comparticipação parcial do custo do equipamento (as instituições de comprovada valia social parecem ter sido esquecidas). Esta comparticipação será atribuída após o envio da respectiva factura de aquisição e de documentos comprovativos da sua situação para um endereço postal a divulgar. Segundo a ANACOM, após o recebimento da comparticipação, o custo final do equipamento ficará entre 15 a 20 Euros.

Infelizmente, no essencial, e excluindo o paradoxo do tema principal do programa ser a TDT e do programa ser emitido apenas num canal codificado (logo em principio não acessível aos potenciais interesssados na TDT), o que poderia ter sido uma oportunidade para obter respostas às questões mais pertinentes, foi na minha opinião, pouco mais do que tempo de antena concedido à ANACOM para mais uma vez negar as evidências e distorcer a realidade.

Na entrevista um responsável da ANACOM afirmou que a cobertura terrestre da TDT ficou completa no final de 2010! Ora, como todos podem comprovar e já foi oportunamente noticiado pelo blog TDT em Portugal, no site oficial da TDT, a indicação da meta de cobertura de muitas localidades, que apontava para 31/12/2010 (data fixada como limite para a cobertura total da população), foi no final do ano substituída pela informação: cobertura em actualização! Ainda hoje 22/02/2011, também no site oficial, a lista de emissores com data de 31/12/2010 não está ainda completa, do total de 180 emissores adiantados pela PTC no inicio da implantação da rede, apenas 153 se encontram listados. Situação idêntica se verifica no site da ANACOM. Aí, apenas 152 emissores estão listados e com data de actualização já de 16-02-2011! Mas, apesar disso, o responsável da ANACOM afirmou que: «instalação da rede, coberturas, está tudo montado», «as obrigações de cobertura da totalidade do território…foi concluído até ao final do ano passado»!

Também relativamente aos receptores TDT (vulgo caixas adaptadoras), necessárias para tornar a esmagadora maioria dos televisores compatível com a TDT portuguesa, a informação da ANACOM é enganadora. A ANACOM refere um equipamento de baixo custo (30-35 Euros) e que esteve disponível no mercado durante um curto período de tempo. Segundo a avaliação da própria DECO (parceira da ANACOM através de protocolo de colaboração), a compra desse equipamento não é aconselhada, para além de se informar que está em período final de comercialização. Eu próprio investiguei esse receptor quando surgiu no mercado (entretanto já fora de comercialização) e cheguei à conclusão que o mesmo não oferecia garantias de suporte técnico (essencial caso seja necessário actualizar ou corrigir falhas no equipamento), um parâmetro que considero fundamental, mas aparentemente negligenciado quer pela DECO quer pela ANACOM. Actualmente, o equipamento mais acessível à venda (de gama baixa) custa aproximadamente 50 Euros. Utilizando como referência os modelos referidos nos testes da DECO (testes que me suscitam algumas reservas), o preço médio dos modelos recomendáveis (boa qualidade) é de aproximadamente 79 Euros, ou seja mais do dobro do equipamento referido.

É lamentável que os entrevistadores não confrontem os responsáveis com estas e outras contradições, aceitando respostas tão facilmente refutáveis. Por exemplo, porque não se questionou também sobre o que sucedeu ao processo de certificação de televisores e set-top-box’s? Terá sido deficiente preparação dos entrevistadores ou condição prévia para obter a “colaboração” da ANACOM?

Este tipo de “informação” parece-me uma tentativa desesperada da ANACOM de mascarar a realidade. Mas qualquer cidadão interessado e minimamente inteligente pode facilmente comprovar quem fala verdade. Basta pesquisar na Web e procurar nas grandes superfícies e no comércio especializado.

Infelizmente, a prometida campanha de informação à população tarda, mas a máquina de desinformação já faz horas extra!

Chamo a atenção para o facto de existirem no mercado muitos equipamentos que exibem a sigla MPEG-4, mas que são apenas capazes da leitura de ficheiros multimédia nesse formato, não permitindo a recepção da TDT portuguesa. Para que o equipamento seja apto a receber a TDT portuguesa deverá ser capaz de “descodificar” o sinal de antena emitido em MPEG-4 (ou H.264).

O video do programa Falar Global da SIC Notícias está disponível aqui.

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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

TDT: crime sem castigo?

Num post anterior afirmei que Portugal era um péssimo exemplo e o mau aluno da TDT. Acreditem que não exagerei! Em matéria de implantação da televisão digital terrestre o nosso país está na cauda do pelotão. A TDT portuguesa tem sido uma completa desilusão! Como disse algum tempo atrás, com esta TDT, vai mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma!

Após um falso arranque em 2001, só em 2008 se abriram novos concursos para introduzir a TDT em Portugal. E, apesar do significativo atraso português, as autoridades responsáveis pelo processo tomam decisões que só agravaram esse atraso, ao ponto de (a meu ver) estarem irremediavelmente comprometidas as datas definidas para o switch-off das emissões de televisão analógica (Janeiro a Abril 2012). Este assunto já foi abordado em pormenor em posts anteriores no blog TDT em Portugal, e pode ser consultado nas ligações disponíveis no final deste post.

Em 2008, o presidente executivo da PTC disse então que, em matéria de TDT, Portugal estava atrasado, mas que ainda havia tempo. E, em Janeiro de 2009, proferiu as seguintes palavras, que todos neste país sem memória parecem já ter esquecido:

«em 1 de Janeiro de 2011 Portugal estará na linha da frente de tudo o que de melhor vai acontecer na Europa»
«o nosso país vai ser exemplar no switch-off e uma referência a nível europeu»

Foi também prometido que a desistência da TDT paga por parte da PTC não afectaria a TDT gratuita. Promessas...

Infelizmente, a realidade é bem diferente! Em Fevereiro de 2011 Portugal tem uma das televisões digitais terrestres mais pobres do mundo: um único multiplex em utilização, com apenas metade da sua capacidade utilizada, apenas quatro canais generalistas (em SD, formato 4:3), sem canais rádio e sem DVB-SSU.

Recordo mais uma vez que o principal item de avaliação nos concursos TDT foi a contribuição para a rápida massificação da TDT, quer ao nível da sua promoção, quer ao nível da infra-estrutura! A falta de promoção está à vista de todos. Em Novembro de 2010 a adesão à TDT era de apenas 1,1% da população! Ou seja, desde o arranque oficial, em ano e meio conseguiu-se apenas a adesão de 1,1% da população sem TV por assinatura!

Também a cobertura de 100% da população pelo sinal TDT, a que a PTC estaria contratualmente obrigada a atingir até 31/12/2010 não foi ainda cumprida, tendo ficado muito aquém daquele valor. Nem sequer foi ainda dada qualquer justificação para o incumprimento! E este incumprimento é difícil de aceitar, tanto mais porque a PTC desistiu da TDT paga ficando apenas com a obrigação de implementar um único mux ao invés dos seis previstos inicialmente. Se a PTC garantiu ter capacidade para implementar seis mux’s, como não teve capacidade para implementar apenas um?!

Que a empresa que ganhou os concursos tinha capacidade para conseguir a rápida massificação da TDT, julgo que poucos duvidam. Creio é que já muito poucos acreditam no empenho da empresa em de facto implementar a TDT.

Não será então legitimo perguntar para que servem afinal os reguladores? Para que servem se não fazem cumprir nem sancionam quem viola compromissos com o Estado?

Em boa verdade o precedente já havia sido criado quando se devolveu a caução de 2.5 milhões de Euros à PTC. E a afirmação por parte de um membro do Governo de que a TDT portuguesa era um caso de sucesso, quando a realidade desmentia categoricamente tal apreciação, certamente que não contribuiu para aumentar o empenho dos intervenientes no processo. Elogiar o mau trabalho só poderia trazer resultados ainda piores.

Mas a culpa não é só do Estado. A verdade é que praticamente ninguém denúncia ou critica estes comportamentos ou situações. Como é habitual, em Portugal todos esperam pela hora H para se fazerem ouvir. Mais tarde, não hão-de faltar “especialistas”, estudiosos e pretensos defensores do interesse público, que pouco ou nada tendo feito ou tentado fazer para inverter o estado das coisas, darão então a sua (já irrelevante) opinião sobre o que correu mal com a televisão digital terrestre portuguesa. Será já tarde demais.

A permitir-se a continuação desta campanha de sabotagem da TDT, em 2013 já a maioria dos portugueses estará a pagar para poder continuar a ver televisão em língua portuguesa.

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