quarta-feira, 24 de junho de 2009

A TDT está a chegar a Aveiro (act.)

Hoje, durante uma deslocação a Aveiro pude observar que foi instalada uma antena emissora da Televisão Digital Terrestre (TDT) em Aveiro. A antena está situada na torre de feixes hertzianos da PT Comunicações na localidade de São Bernardo, Aveiro. A antena aparenta ser idêntica às utilizadas pelo emissor de Coimbra (Penedo da Saudade) e Caldas da Rainha. Isto significa que a TDT deve estar prestes a chegar à cidade de Aveiro e localidades mais próximas. O emissor ainda não está em funcionamento.

Actualização 3/07/2009:
A TDT chegou a Aveiro! O emissor de São Bernardo já foi activado!

Actualização 6/07/2009:
O emissor de Águeda também já está em funcionamento!

Actualização 13/07/2009:
Emissor de S. Bernado/Aveiro:Vários leitores de Aveiro informam não receber sinal proveniente do emissor , mesmo na próximidade do mesmo! Tudo indica portanto que o emissor está desligado.

Actualização 24/07/2009:
Emissor de S. Bernardo/Aveiro em funcionamento!

Actualização 04/08/2009:
Durante uma deslocação a Aveiro pude finalmente verificar in loco o funcionamento do emissor de São Bernardo. A fim de simular uma recepção com equipamento portátil, testei a recepção do sinal em vários pontos. Para o efeito utilizei um computador portátil, uma placa TDT USB (com boa sensibilidade) e uma vulgar antena vertical de 1/4 de onda com base magnética. Apesar de não estar à espera de encontrar um sinal forte, os resultados ficaram muito aquém do esperado. Com este equipamento apenas consegui uma recepção satisfatória até aprox. 3Km do emissor. A 5Km do emissor o sinal desapareceu completamente. Todas as "medições" foram realizadas em campo aberto. Tudo indica, portanto, que o emissor está a utilizar uma potência muito reduzida. A intensidade do sinal ainda não permite uma recepção fiável sem recurso a antena exterior adequada, mesmo a poucos Km do emissor.

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

TDT paga já tem luz verde

De acordo com a ANACOM, foram emitidos os títulos que conferem os direitos de utilização de frequências, para a oferta de serviços de radiodifusão televisiva digital terrestre (TDT), relativos aos Multiplexers B a F (MUX B a F). Os Multiplexers B,C, D, E e F serão utilizados na emissão da oferta paga da TDT (Meo DT).

Segundo o caderno de encargos, dos 5 Multiplexers, apenas o B e o C terão cobertura de âmbito nacional. Os Multiplexers D, E e F apenas poderão ser recebidos (pelo menos numa 1ª fase) em parte do litoral.

Recorde-se que em Abril, na sequência do atraso na concessão das licenças para a TDT paga, e do fracasso do concurso ao quinto canal de televisão generalista a PT afirmou que iria repensar o projecto. Então, o presidente executivo da PT, Zeinal Bava, comentou que, «após nove meses deste processo, passou muito tempo, há uma alteração de circunstâncias que temos de analisar». Aguardemos então para saber se haverá alterações em relação ao projecto inicial.

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PT autorizada a emitir a TDT a nível nacional

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Petição: Pela emissão da RTPN e RTP Memória na TDT em canal aberto

Como é do conhecimento dos leitores, actualmente não há grande incentivo para aderir à TDT.

Afím de inverter esta situação, tem sido sugerida como solução, a emissão dos canais RTPN e RTP Memória no espaço livre do Mux A.

Para além do envio de mensagens a várias entidades, sugeridas no post anterior, foi agora criada uma petição online para que todos os interessados possam assinar, dando assim apoio a esta solução.

Petição Pela emissão da RTPN e RTP Memória na TDT em canal aberto

Exmo. Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações

Os signatários vêm solicitar a sua atenção para os seguintes factos:

1. A 29 de Abril do corrente ano arrancaram em Portugal as primeiras emissões oficiais de televisão digital terrestre (TDT).

2. Portugal é dos últimos países europeus a iniciar o processo de transição do sistema de televisão analógica para o sistema de televisão digital terrestre.

3. Segundo recomendação da Comunidade Europeia e já regulado pelo Governo, o encerramento das emissões de televisão analógica será em Abril de 2012.

4. O concurso que atribuiu a licença de exploração do Mux A ou seja, da TDT de acesso não condicionado livre (canais gratuitos), salvaguardou espaço para a difusão de um canal em alta definição e de um 5º canal generalista em definição standard.

5. O concurso para a atribuição da licença do 5º canal terminou sem vencedor. Aliás, os dois únicos candidatos foram chumbados pela ERC.

6. O canal em alta definição, que deveria transmitir programação dos canais públicos e privados nunca se materializou devido à falta de acordo entre os canais.

7. Como foi reconhecido por responsáveis do Governo, a existência de uma oferta televisiva para além dos quatro canais actuais seria um factor extremamente importante para assegurar o sucesso da televisão digital terrestre e um apoio muito significativo na fase de transição. Esta, aliás, tem sido a estratégia seguida por vários outros países em que, por exemplo, os operadores públicos disponibilizaram novos canais temáticos na plataforma de TDT.

8. Não se perspectiva a breve prazo uma alteração da situação de impasse em que o 5º canal e o canal de alta definição se encontram.

9. Em 2004, aquando do lançamento dos canais RTPN e RTP Memória, foi dada como justificação para a sua não difusão na rede analógica de televisão a falta de espectro (espaço) radioeléctrico. Os canais ficaram disponíveis apenas nasplataformas de canais pagos.

10. Actualmente existe espectro (espaço) livre no Mux A para a difusão de, pelo menos, mais dois canais em definição standard.

Pelo exposto, vimos solicitar:

A difusão dos canais RTPN e RTP Memória em sinal aberto no espaço livre do Mux A da TDT.

Lisboa, 17 de Junho de 2009

Ajude a divulgar esta petição!

Sugestões:
- Envie um email a todos os seus contactos e peça-lhes que o reencaminhem.
- Divulgue a petição em fóruns e blogues colocando um link para a petição: http://www.peticao.com.pt/tdt-canal-aberto
- Espalhe a palavra.

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terça-feira, 16 de junho de 2009

RTPN e RTP Memória na TDT, já!

Está à vista de todos que a oferta minimalista da TDT portuguesa, previsivelmente, não está a despertar grande interesse nos portugueses. Depois do aparente abandono das emissões partilhadas no Canal HD (nunca chegaram a concretizar-se) e da incerteza quanto ao 5º Canal generalista, a oferta da TDT gratuita resume-se a RTP1, RTP2, SIC e TVI (mais a RTP Açores e RTP Madeira nos arquipélagos). Ou seja, em termos de oferta televisiva a TDT não está a oferecer nada de novo aos portugueses, nem se perspectiva uma alteração desta situação a curto prazo.

Como se não basta-se, a somar à paupérrima oferta de canais, a nossa TDT tem ainda contra si o preço elevado dos adaptadores necessários, resultado da escolha da norma MPEG-4/H.264, tema amplamente discutido no blog.

No caso português, é caso para dizer que nunca uma nova tecnologia ofereceu tão pouco em troca de tanto dinheiro. Pelo andar da carruagem, vai mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma.

Em 2004, aquando do lançamento dos canais RTPN e RTP Memória, foi dada como justificação para a sua não difusão na rede analógica de televisão a falta de espectro (espaço) radioeléctrico. Os canais, apesar de classificados de interesse público, foram directamente para as plataformas de canais pagos (cabo e satélite).

A RTP gastou recentemente bastante dinheiro com a sua restruturação e mudança da imagem corporativa, tendo-se nitidamente "inspirado" na BBC e na RTVE. Pena que não tenha também seguido o exemplo desses operadores públicos e salvaguardado espaço na TDT para disponibilizar novos canais.

Agora que a TDT oferece o espaço necessário para a emissão desses canais, muitos portugueses recordam o que foi dito na altura e reclamam a inclusão da RTPN e RTP Memória na oferta gratuita da televisão digital terrestre. E com razão!

Tomando o exemplo da RTP Memória. Como se justifica que este canal, em que quase toda a programação tem origem no arquivo da RTP que ao longo de décadas foi pago pelos contribuintes portugueses através da taxa de televisão e dos impostos, seja um exclusivo da televisão por assinatura?

A própria RTP parece pouco interessada em alterar esta situação ou discutir este assunto. Tão pouco é possível encontrar informação contabilística que discrimine de forma autónoma os custos e proveitos dos canais RTPN/RTP Memória. No entanto no Relatório e Contas da RTP de 2007, está escrito:

«Face ao impacto na população portuguesa e as obrigações de serviço público que Ihe estão cometidas, a RTP, enquanto operador de serviço público, pretende ter um papel activo neste processo de evolução tecnológica e de alargamento da capacidade de oferta de serviços do sector audiovisual de forma a ser possível desenvolver uma verdadeira plataforma multimédia na TDT em Portugal.

A exemplo de outros países e das experiências mais recentes de TDT na Europa, 0 papel do Serviço Publico de Televisão (e concretamente as exigências em matéria de inovação e de cobertura universal de Portugal) pode ser decisivo para um switch-off mais rápido, quer através da qualidade e diversidade dos serviços de programas oferecidos, quer ainda pelo desenvolvimento de novos serviços ligados ao desenvolvimento da Sociedade da informação (informação, educação, etc.).»


Como é reconhecido pela RTP, pelo Governo e por vários estudiosos destas matérias, a oferta de novos programas na TDT é um factor muito importante, senão mesmo crucial para uma rápida adesão à plataforma e o seu sucesso. Em toda a Europa, a TDT portuguesa, que é das últimas a serem implantadas, tendo portanto um dos períodos de transição/adaptação mais curtos, é também das que têm uma oferta de canais gratuitos mais reduzida!

O Blog TDT-Portugal cedo apontou a difusão da RTPN e RTP Memória em canal aberto como solução para o impasse na TDT. Muitos leitores têm manifestado a mesma opinião nos vários comentários recebidos.

Para além de participarem no inquérito que está a decorrer no blog, cujos resultados demonstram de forma inequívoca o apoio a esta solução, os leitores podem fazer chegar a sua opinião directamente a várias entidades e aos partidos políticos. Sugestões:

Ministro dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva):

Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (Mário Lino): gmoptc@moptc.gov.pt

Bloco de Esquerda: bloco.esquerda@bloco.org


Partido Social Democrata: psd@psd.pt

CDS - Partido Popular: cds-pp@cds.pt

Novo!
Foi criada uma petição para a emissão da RTPN e RTP Memória na TDT em canal aberto. Clique aqui para assinar!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A TDT está a chegar a Leiria (act.)

Um leitor do blog reparou numa nova antena instalada num poste da PT situado junto à localidade de Alcogulhe – Leiria (coordenadas 39º42’23” N, 8º51’40” W). Trata-se de uma antena utilizada na emissão da TDT, o que indicia que a TDT deverá estar prestes a chegar à cidade de Leiria. A potência do emissor é desconhecida, mas deverá assegurar a cobertura de Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós e outras localidades próximas. O emissor não está ainda activo.

Aqui ficam algumas fotos tiradas pelo leitor. A antena de TDT é composta pelos painéis vermelhos no topo do poste.



Actualização 1/08/2009:
A TDT já é recebida em Leiria.

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

A TDT, o servico público e a lenda do cavalo de Tróia

De acordo com a lenda associada à conquista de Tróia pela Grécia, na chamada Guerra de Tróia, um grande cavalo de madeira foi deixado junto às muralhas de Tróia. Construído de madeira e oco no seu interior, o cavalo abrigava alguns soldados gregos dentro da sua barriga. Deixado à porta da cidade pelos gregos, os Troianos acreditaram que ele seria um presente como sinal de rendição do exército inimigo. Durante a noite, os guerreiros deixaram o artefacto e abriram os portões da cidade. O exército grego pôde assim entrar sem esforço em Tróia, tomar a cidade, destruí-la e incendiá-la.

Fonte: Wikipédia

Aquando do concurso ao 5º canal de televisão generalista, vieram a público informações surpreendentes acerca da estratégia de um dos candidatos para o seu canal de televisão na plataforma TDT. Em síntese, o candidato planeava utilizar o seu canal na TDT essencialmente para promover as suas plataformas de televisão por assinatura (táctica do cavalo de Tróia). Uma das tácticas previa a emissão do primeiro episódio de cada nova série televisiva, no seu canal TDT e os seguintes apenas na plataforma de canais pagos! A sua candidatura, felizmente, foi chumbada.

É notório que não há grande interesse na plataforma de canais gratuitos da TDT (Mux A), aliás, só duas empresas se apresentaram ao concurso do 5º canal. Nem o serviço público de televisão parece estar interessado na TDT! Parece ser mais vantajoso (para a RTP) continuar a emitir canais como a RTP Memória ou RTPN apenas nas plataformas de canais pagos. Mas agora, a desculpa da falta de espectro já não “pega”! O canal em alta definição não está a ser transmitido e o 5º canal não se vislumbra no horizonte próximo (os dois únicos candidatos foram chumbados).

A RTP que tanto se tem "inspirado" na RTVE e na BBC, porque não "copia" também o exemplo desses serviços públicos que introduziram novos canais temáticos na plataforma (gratuita) da TDT?

A opção tecnológica adoptada (compressão MPEG-4) permite transmitir pelo menos sete canais de televisão em definição standard. Actualmente os espectadores não têm acesso nem a mais canais de televisão nem a alta definição. Ou seja, quem pretender aceder à TDT tem que pagar (e muito) para receber os mesmos canais que já recebe em analógico. Os consumidores estão a pagar mais por uma tecnologia que está a ser subaproveitada.

E, infelizmente, também não estaremos longe da verdade se dissermos que temos uma TDT gratuita de “favor”. Vejamos: a “promoção” é feita pelo serviço MEO (vêr site oficial), a tecnologia foi seleccionada tendo em conta a TDT paga e a promoção a sério (televisão) provavelmente também só começará quando a TDT paga estiver pronta para arrancar.

Depois do falso arranque em 2001 e da falta de interesse no concurso de 2008 (só a PT concorreu ao Mux A), a TDT gratuita parece ter ficado irremediavelmente refém dos interesses dos grandes grupos de media nacionais e da empresa que faz a distribuição do sinal.

Haja vontade política e firmeza para tomar as decisões que permitam corrigir esta situação.

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