segunda-feira, 10 de novembro de 2008

TDT: A conspiração do silêncio?

Não posso deixar de estranhar a falta de interesse da comunicação social relativamente à TDT portuguesa. À uma semana que os quatro canais nacionais estão disponíveis na TDT, em emissão experimental, para a região de Lisboa. Marco importante na história da televisão em portugal, mas estranhamente ignorado pelos media portugueses. É sabido que os canais privados não estão muito entusiasmados com a TDT, afinal é devido à TDT que vão ter a concorrência de mais um canal. Mas, e a televisão pública? Será que necessita da autorização de alguém para noticiar o evento?

A quem beneficia a ignorância do público? Estarão os media a alimentar conscientemente a ignorância dos portugueses relativamente à TDT na expectativa de facturar mais com as campanhas publicitárias que se adivinham?

E a Anacom? Porque razão não divulga publicamente os requisitos técnicos da TDT portuguesa, para que consumidores e comerciantes tomem decisões conscientes?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

TDT: solução MPEG4 HD para televisores MPEG2

Com a adopção pela PTelecom do sistema de compressão mpeg4 para a TDT Portuguesa, o sintonizador tdt de quase todos os aparelhos (mesmo recentes), já vendidos tornou-se obsoleto, pois apenas permite a recepção do mpeg2 (vêr noticias anteriores neste blog).

Para quem não pretende adquirir mais uma caixa para ligar ao televisor, com todos os inconvenientes que isso acarreta (ocupa espaço, é necessário utilizar 2 telecomandos, consumo de energia em standby), há a esperança de uma solução na forma de um pequeno acessório.

Trata-se de uma placa pcmcia a inserir na respectiva ranhura do televisor e que permite a recepção dos canais em MPEG4 SD (definição standard) e HD (alta definição). Os circuitos dentro da placa processam o sinal que é depois encaminhado através de cabo para uma entrada hdmi no televisor. Não confundir com outra placa do mesmo fabricante, já á venda, mas que não permite a recepção do MPEG4 HD!


Mas, atenção, este dispositivo ainda não está à venda e se chegar a ser comercializado, só em 2009. Seria interessante a PTelecom testar este produto e eventualmente acordar com o fabricante a comercialização do mesmo em portugal, pois certamente para muitos esta solução seria a ideal.

Quem pretender mais informações deverá contactar o fabricante. É possível inscrever-se numa lista de e-mail e quando houver novidades a respeito deste produto, o fabricante compromete-se a informar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ainda o MPEG-4

Apesar de nem Anacom nem PTelecom terem ainda divulgado publicamente as opções tecnológicas adoptadas, alguns insistem em afirmar que o MPEG-4 sempre esteve definido como o único sistema de compressão a utilizar pela TDT portuguesa.

O único documento conhecido e possível de interpretar relativamente a esta matéria é o caderno de encargos relativo ao Mux A:

Extractos do caderno de encargos do Mux A (o destaque a negrito é meu):

«…
3.2.1. Capacidade de base
A capacidade de base a reservar para os serviços de programas televisivos em definição standard referidos em 3.1 deve ser, tendo como referência a utilização de compressão MPEG-4 Parte 10 - AVC/H.264, a cada momento, e no mínimo, a seguinte:
• Território do Continente 11,0 Mbit/s;
• Regiões Autónomas 13,2 Mbit/s.
No território do Continente, deverá ainda ser reservada no mínimo uma capacidade adicional de 3,8 Mbit/s para a difusão dos elementos de programas em alta definição, tal como referido em 3.1..

Neste capítulo serão particularmente valorizadas propostas assentes na utilização de sistemas de compressão mais eficientes, como a referida anteriormente, devendo, no caso de propostas com base noutros sistemas, ser especificada a capacidade a reservar, para a obtenção de níveis de desempenho similares aos referidos, para o caso de utilização de MPEG-4 Parte 10 - AVC/H.264.

4.1. Sistema tecnológico
Os concorrentes devem especificar a solução tecnológica que se propõem utilizar com base no sistema Europeu DVB-T e de acordo com a respectiva normalização (normas, recomendações e especificações técnicas), nomeadamente a referida no Anexo 4.

Para além do disposto, os concorrentes devem ainda especificar as suas opções, quanto à eventual utilização de sistemas de compressão mais eficientes, tal como o MPEG-4, Parte 10 – AVC/H.264.
…»

Analisando objectivamente o que está escrito, julgo que podem ser tiradas as seguintes conclusões:
  • O estado valoriza particularmente propostas que adoptem o MPEG-4.
  • O MPEG4 é mencionado como sistema de compressão referência.
  • O Estado não exclui a adopção de outros sistemas de compressão (leia-se MPEG-2).
Portanto, (no papel) o MPEG4 nunca esteve definido como o único sistema de compressão, apenas a opção favorecida pelo Estado. Os concorrentes, poderiam ter proposto a utilização do MPEG2 para o Mux A. Dada a realidade existente (sistema já adoptado em Espanha, disponibilidade e preço dos equipamentos mpeg4, base já instalada de televisores com tdt mpeg2), era razoável acreditar que o Mux A utilizaria o MPEG-2. Hoje é sabido que não será assim.

Links:

sábado, 1 de novembro de 2008

Quinto canal: Concurso já abriu

O concurso público para o licenciamento do quinto canal de televisão abriu ontém, 31 de Outubro com a publicação em D.R. da portaria 1239/2008. Entre os interessados deverão estar a Zon Multimédia, Cofina e Controlinveste. O vencedor deverá ser conhecido em meados de Abril.

O quinto canal, recorde-se, será um canal generalista de acesso gratuito e de âmbito nacional, a emitir na plataforma TDT e em alta definição (segundo o Governo).

Fonte: Diário Digital

Link: Portaria 1239/2008 de 31 de Outubro